Foto: Reprodução.
Ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) querem que as ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro sejam julgadas depois da sabatina de Cristiano Zanin na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. A tendência é a corte condenar Bolsonaro. Ministros do tribunal não querem correr o risco de um assunto contaminar o outro.
Senadores bolsonaristas prometem uma artilharia pesada contra o escolhido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o STF (Supremo Tribunal Federal). Se ministros do TSE apresentarem votos pesados contra Bolsonaro antes da sabatina, o temor é que a bancada aliada ao ex-presidente resolva aumentar ainda mais o fogo contra Zanin.
Na quinta-feira (1º), quando o ministro Benedito Gonçalves liberou o processo para julgamento e pediu data na pauta do plenário, a ideia entre os ministros era que o julgamento pudesse ser iniciado no dia 13, se estendendo até o dia 15. O cenário mudou pouco depois, quando foi feito o anúncio de Zanin para o STF.
Aliados de Lula querem que a sabatina de Zanin ocorra na próxima semana, para que a posse no STF seja agendada para o dia 14. Se o plano der certo, o julgamento das ações de Bolsonaro no TSE seria pautado depois disso, a partir do dia 20 de junho.
Em entrevista à GloboNews ontem, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), garantiu que a sabatina será realizada até o início de julho. No entanto, se o procedimento for jogado para frente, a posse de Zanin pode ficar para o segundo semestre. Em julho, os tribunais superiores estarão em recesso. Nesse cenário, Bolsonaro ganharia um tempo de sobrevida antes de ser julgado pelo TSE.
Créditos: UOL/Carolina Brígido.