foto: REUTERS/Carla Carniel
A inflação anual na Argentina atingiu 108,8% ao ano, em abril, segundo dado divulgado nesta sexta-feira (12/5) pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). A alta em relação ao mês anterior foi de 8,4%, num crescimento de 1,3 ponto porcentual sobre março.
Essa foi a primeira vez em 20 anos que o resultado mensal do índice superou o patamar de 8%. O número também ficou longe do prognóstico feito pelo ministro da Economia, Sergio Massa, no ano passado. Na ocasião, ele havia afirmado que a taxa de abril “começaria com um três na frente”.Antes do anúncio oficial do indicador, o presidente argentino, Alberto Fernández, fez o seguinte comentário sobre o resultado da inflação em abril: “Não será aquele que queremos”. A elevação de 8,4% foi a maior no governo Fernández.
O resultado marca ainda cinco meses consecutivos de avanço da inflação, apesar da adoção de programas de controle de preços no país. A projeção é que o indicador atinja 130% até o fim de 2023, segundo levantamento do jornal “El Cronista”
Em abril, foram os seguintes os setores que registraram os maiores reajustes de preços: “vestuário e calçados” (10,8%), devido a variações sazonais, “alimentação e bebidas não alcoólicas” (10,1%) e “restaurantes e hotéis” (9,9%).
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