O anúncio da implantação e pavimentação da MS-320 recoloca o Vale da Celulose no centro do debate sobre infraestrutura e desenvolvimento regional em Mato Grosso do Sul. Com investimento previsto de R$ 276 milhões, a nova rodovia deve encurtar distâncias entre Três Lagoas, Inocência e outros municípios da Costa Leste, criando um corredor mais ágil para o transporte de cargas e passageiros e integrando o pacote de financiamentos do Governo do Estado junto ao BNDES.
Como será o novo eixo de ligação no Vale da Celulose?
O projeto prevê a pavimentação de 62,9 quilômetros ligando a MS-377 à BR-158, trecho estratégico para a circulação de matéria-prima e produtos industrializados. A ordem de serviço foi assinada em Três Lagoas, com início das obras previsto para o começo de 2026 e prazo contratual de 18 meses, em dois lotes simultâneos para acelerar a entrega.
No chamado Vale da Celulose, onde se concentram plantas industriais do setor florestal, a nova rodovia deve oferecer maior previsibilidade de transporte e menor desgaste de frota. A pavimentação reduz a dependência de estradas de terra em períodos de chuva e favorece o deslocamento diário de trabalhadores entre municípios da região Leste.
Quais os impactos econômicos da MS-320 na região Leste?
A MS-320 é tratada como investimento voltado à redução de custos logísticos e ao fortalecimento do corredor econômico da região Leste. A ligação entre MS-377 e BR-158 cria uma rota mais curta para cargas que seguem a grandes rodovias, terminais ferroviários e, indiretamente, portos e centros de distribuição em outros estados.
Durante o período de implantação, o pacote de obras apoiado pelo BNDES tende a gerar empregos diretos e indiretos, especialmente na construção civil e em serviços de apoio. Após a pavimentação, a região pode se tornar mais atrativa para empreendimentos industriais, silos, armazéns e centros de logística, ampliando a base produtiva do Vale da Celulose:
- Setor florestal: simplificação e maior regularidade no transporte de madeira e celulose.
- Agronegócio: escoamento mais ágil de grãos, fertilizantes e insumos agrícolas.
- Comércio e serviços: maior circulação de pessoas e mercadorias entre cidades da Costa Leste.
- Receita municipal: potencial aumento de arrecadação com novos investimentos privados.
Quais os impactos na segurança viária e mobilidade com megaobra?
Além do aspecto econômico, a pavimentação da MS-320 é apresentada como medida de segurança viária. Estradas asfaltadas, com sinalização adequada e geometria planejada, oferecem tráfego mais previsível do que vias de terra, sobretudo em períodos chuvosos, reduzindo riscos de acidentes e avarias.
A criação de uma rota alternativa entre municípios da Costa Leste também tende a redistribuir o fluxo de caminhões, aliviando outros trechos já sobrecarregados. Para moradores, isso significa deslocamentos mais rápidos a serviços de saúde, educação e comércio em polos regionais como Três Lagoas, que se consolida como principal referência urbana.
Quais os próximos passos para o corredor econômico Leste?
Com a MS-320 em operação, o Vale da Celulose tende a se consolidar como um dos principais eixos logísticos de Mato Grosso do Sul. A integração entre rodovias estaduais e federais cria condições para ampliar parcerias com outros estados e conectar a região a cadeias nacionais e internacionais de produção.
O cronograma que prevê início das obras em 2026 e conclusão em até 18 meses coloca a rodovia no horizonte de curto e médio prazo. Enquanto isso, municípios e setor produtivo acompanham o projeto, ajustando o planejamento urbano, serviços de apoio e oportunidades de negócios em torno do novo corredor de desenvolvimento. Veja os benefícios do projeto na região:
| Categoria | Benefícios |
|---|---|
| Econômico | • Redução de custos logísticos para produtores e indústrias. • Facilita o escoamento da produção agrícola e industrial. • Fortalecimento do corredor econômico no Leste de MS. |
| Social | • Melhora da segurança viária para motoristas e comunidades locais. • Aumento de integração entre municípios (ex.: Três Lagoas, Inocência e outras). • Geração potencial de empregos diretos e indiretos (construção e operação). |
| Logístico | • Criação de um novo corredor rodoviário estratégico, ligando MS-377 à BR-158.• Melhora na conectividade entre cidades e regiões produtoras. |
| Produtividade | • Maior eficiência no transporte de insumos e produtos. • Redução de tempo de viagem e desgaste de veículos. |
FAQ sobre a obra da MS-320
- Quando a obra da MS-320 deve começar? A previsão anunciada é de início das obras no começo de 2026, com prazo de até 18 meses para a pavimentação do trecho de 62,9 km.
- Qual é a extensão total da pavimentação prevista na MS-320? O projeto inclui a pavimentação de aproximadamente 62,9 quilômetros, ligando a MS-377 à BR-158, executados em dois lotes de obra.
- De onde vêm os recursos para a obra da MS-320? Os recursos fazem parte de um pacote de financiamento do Governo de Mato Grosso do Sul junto ao BNDES, voltado à melhoria da infraestrutura rodoviária.
- Quais setores devem ser mais beneficiados pela MS-320? A pavimentação deve favorecer especialmente o setor de celulose e florestas plantadas, o agronegócio, a indústria local e os serviços ligados ao transporte e logística.