O desafio da infraestrutura rodoviária no Brasil é um tema complexo e de grande relevância, especialmente quando envolve estruturas críticas como pontes. Um exemplo notável é a ponte sobre o Rio Paraguai, localizada na BR-262, próxima a Corumbá, Mato Grosso do Sul, que permanece vital para a conexão da cidade com outras regiões do estado e segue demandando grandes investimentos públicos após quase vinte anos de pedágio e o fim da cobrança em setembro de 2022.
Por que a ponte sobre o Rio Paraguai segue sob responsabilidade estadual?
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) ainda não assumiu a ponte sobre o Rio Paraguai devido às condições estruturais deficientes, que exigem reparos antes de qualquer transferência. Os principais problemas não se restringem ao asfalto e envolvem componentes essenciais que comprometem a segurança.
Parte desse cenário de abandono ocorreu pela falta de manutenção adequada nos amortecedores da estrutura, fundamentais para absorver impactos entre pilastras e pistas, agravando o desgaste progressivo ao longo dos anos. Veja abaixo as características da ponte sobre o Rio Paraguai:
| Característica | Detalhes |
|---|---|
| Tipo de ponte | Ponte de concreto e aço, com estrutura mista |
| Comprimento | Aproximadamente 1.200 metros |
| Largura | Cerca de 12 metros |
| Tráfego | Veículos, pedestres e transporte de cargas |
| Ano de construção | Inaugurada em meados do século XX |
| Função estratégica | Conexão entre regiões, integração econômica e logística |
| Estrutura de suporte | Vigas de aço e pilares de concreto reforçado |
| Manutenção | Passível de reformas e recuperações periódicas |
| Acessibilidade | Possui pistas duplas e calçadas laterais para pedestres |
| Impacto regional | Facilita o comércio, turismo e transporte entre estados e países vizinhos |
Quais são os principais desafios para manter a estrutura?
Além da precariedade dos amortecedores, dificuldades com o fluxo constante de veículos também se destacam. Isso forçou as autoridades a adotar medidas provisórias, como o funcionamento da ponte em meia pista, afetando não apenas o transporte local, mas a economia da região.
Para melhor visualizar os desafios enfrentados, veja abaixo os principais problemas que dificultam a manutenção eficiente da ponte:
- Amortecedores avariados e sem manutenção periódica
- Operação prolongada em sistema “pare-e-siga”
- Interrupções frequentes no trânsito por questões de segurança
- Prejuízos econômicos e logísticos para a região
Como está o cronograma e os custos para a recuperação?
A Agesul anunciou uma licitação para recuperação estrutural, com propostas previstas para abertura em 15 de dezembro e obras planejadas para o segundo trimestre de 2026. O orçamento estimado é de R$ 11,7 milhões, quase o dobro do previsto anteriormente.
A elevação do valor se justifica pela complexidade dos danos e pela necessidade de garantir a segurança no tráfego, além do histórico de gastos emergenciais já realizados desde o fim do pedágio.
Que impacto a recuperação da ponte terá em Corumbá?
A restauração da ponte vai além da manutenção física: representa retomar o desenvolvimento econômico e logístico da região. Reforçar a estrutura é garantir mobilidade para escoamento de produção e qualidade de vida para os habitantes de Corumbá e Ladário.
A obra promete fortalecer o comércio, agilizar o transporte entre centros urbanos e impulsionar a competitividade regional, sendo estratégica tanto para o trânsito quanto para as finanças locais. Veja as informações sobre a licitação divulgadas pelo Deputado Estadual de MS Paulo Duarte:
FAQ sobre a ponte sobre o Rio Paraguai
- Por que a ponte foi pedagiada por tanto tempo? O pedágio foi implementado para custear a manutenção da ponte, mas apesar disso, a estrutura foi deteriorando-se ao longo dos anos.
- Haverá pedágio novamente após a reestruturação? Até o momento, não há informações de que a cobrança de pedágio será retomada após as obras de recuperação.
- Qual é a importância da ponte para o estado? A ponte é uma via de ligação fundamental para o escoamento de mercadorias e para a mobilidade dos cidadãos entre Corumbá, Ladário e outras regiões do estado.
- O que acontecerá se a ponte não for restaurada? Sem os devidos reparos, a ponte continuará a deteriorar-se, potencialmente resultando em interrupções contínuas no trânsito e dificuldades logísticas significativas para a região.