A fala do assessor especial do presidente Lula, Celso Amorim, deixou claro algo que o governo tentava esconder: Lula vai à Colômbia, ao encontro da CELAC, não para defender o Brasil — mas para agradar Nicolás Maduro. Amorim afirmou que o presidente brasileiro irá “se solidarizar com o líder venezuelano”, o que, na prática, significa um gesto de submissão diplomática a um ditador que há muito tempo perdeu qualquer legitimidade democrática.
Mas por trás dessa “solidariedade”, há algo mais profundo — e mais preocupante. A esquerda brasileira teme irritar Maduro. Fontes ligadas ao Itamaraty afirmam que há um verdadeiro pavor nos bastidores do governo de que o ditador venezuelano, sentindo-se traído, possa expor acordos escusos ou conversas comprometedoras do passado entre o chavismo e figuras do PT.
Não seria a primeira vez que Maduro lança sombras sobre o cenário político brasileiro. Recentemente, ele insinuou publicamente dúvidas sobre o processo eleitoral no Brasil, em tom que soou mais como um recado do que uma opinião. Nos corredores diplomáticos, o gesto foi interpretado como um sinal de que Maduro sabe mais do que deveria — e que pode usar isso como forma de pressão.
Celso Amorim, experiente como é, parece ter entendido o recado. Sua declaração soa menos como uma nota diplomática e mais como um pedido de trégua disfarçado de solidariedade. A mensagem para Caracas é evidente: o Brasil de Lula continua fiel ao eixo bolivariano e não pretende se distanciar de seus velhos aliados, por mais desgastados que estejam.
O problema é que, ao agir assim, Lula transforma o Brasil em refém de ditadores e de interesses partidários. A diplomacia brasileira, que deveria ser pautada por princípios de soberania, liberdade e defesa da democracia, foi novamente colocada a serviço da ideologia e da autopreservação política.
Em vez de liderar a região com autoridade moral, o governo brasileiro se ajoelha diante de um regime que oprime seu povo, censura a imprensa e destruiu a economia da Venezuela. Tudo para evitar que Maduro se irrite — e, quem sabe, revele o que não deveria ser revelado.
No fim das contas, o gesto de Lula na CELAC não será um ato de solidariedade, mas de medo e cumplicidade. E quem perde com isso, mais uma vez, é o Brasil, que troca o respeito internacional por alianças sombrias e constrangedoras.
Editorial – Terra Brasil Notícias
Quando a diplomacia se ajoelha diante da tirania, o silêncio que segue não é de prudência — é de culpa.
FAQ sobre o assunto:
- Por que o presidente Lula vai à reunião da CELAC na Colômbia?Lula vai à reunião da CELAC na Colômbia para “se solidarizar com o líder venezuelano, Nicolás Maduro”, segundo Celso Amorim, assessor especial do presidente.
- Qual é a preocupação subjacente mencionada no texto em relação à Venezuela?A preocupação é que a esquerda brasileira teme irritar Maduro, pois ele poderia expor acordos e conversas comprometedoras do passado entre o chavismo e figuras do PT.
- O que a declaração de Amorim sugere sobre a diplomacia brasileira?A declaração sugere que a diplomacia brasileira está mais focada em preservar laços antigos do que em seguir princípios de liberdade, soberania e democracia.
- Como a relação com a Venezuela pode afetar o Brasil internacionalmente? A relação pode afetar negativamente a reputação do Brasil como uma potência moral e democrática, indicando submissão a interesses de regimes autoritários.
- O que simboliza a postura de Lula na CELAC? A postura simboliza mais um ato de medo e cumplicidade do que de verdadeira solidariedade, colocando o Brasil em uma posição comprometida.