Em maio de 2025, em uma iniciativa estratégica para ampliar a cooperação internacional no combate ao crime organizado, o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, reuniu-se com representantes do governo Donald Trump para discutir a atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV) nos Estados Unidos, defendendo sua classificação como organizações terroristas e buscando ações bilaterais para o enfrentamento dessas facções.
Por que classificar o PCC e o CV como terroristas é importante?
A proposta de Derrite para classificar o PCC e o CV como organizações terroristas está alinhada à política americana que busca enquadrar cartéis ligados ao tráfico internacional como Organizações Terroristas Estrangeiras (FTOs). Essa estratégia visa fortalecer a base jurídica e operacional no combate a essas facções.
Uma vez classificados como terroristas, o PCC e o CV se tornam alvos de sanções mais rigorosas, inclusive no aspecto financeiro. A aplicação dessas medidas pode bloquear recursos, aumentar a cooperação bilateral e favorecer operações decisivas contra o crime organizado transnacional.
Quais são os principais argumentos do governo brasileiro?
A história da nossa gestão tem estratégia ligando todos os pontos e não tivemos que mudar rumos de atuação, isso porque pressões externas de quem não conhece nada de segurança pública não ditam regras do nosso trabalho. pic.twitter.com/LknEbiOykd
— Guilherme Derrite (@DerriteSP) October 30, 2025
O governo federal brasileiro, sob a liderança do Presidente Lula, sustenta que essas facções não possuem motivações ideológicas, uma característica atribuída geralmente aos grupos terroristas. Assim, argumenta que PCC e CV devem ser tratados como organizações criminosas, não terroristas.
A distinção é enfatizada pela ausência de uma agenda política clara por parte dessas organizações. Suas atividades concentram-se em crimes como tráfico de drogas, armas e extorsão, sem intenções de desestabilizar governos ou promover ideologias.
Quais impactos podem surgir?
As diferenças na classificação dessas facções entre Brasil e Estados Unidos têm impacto direto na cooperação internacional em segurança. Estados como São Paulo e Rio de Janeiro apostam em maior aproximação com autoridades americanas, enquanto o governo federal opta por cautela diante dos efeitos da nomenclatura terrorista.
Para demonstrar as possíveis implicações práticas e operacionais dessas divergências, veja alguns dos principais impactos dessa diferença de abordagem:
- Possibilidade de restrição de atividades financeiras e bloqueio de bens nos EUA
- Aumento da vigilância e troca de informações entre agências de segurança
- Potencial extradição de líderes das facções
Como está o andamento das propostas para o futuro das negociações?
Derrite pretende se licenciar das funções de secretário de Segurança Pública para assumir como relator de um projeto de lei que propõe a inclusão do PCC e do CV como facções terroristas pela legislação brasileira. O avanço desse projeto pode alterar significativamente a estratégia nacional de combate a essas organizações.
A aplicação efetiva dessa política requer consenso entre diferentes setores do governo e uma boa articulação com parceiros internacionais. A expectativa é que, se aprovado, o projeto aumente o rigor das medidas restritivas e amplie o alcance da cooperação Brasil-EUA.
FAQ sobre PCC e CV
- O que Derrite espera alcançar com a classificação do PCC e do CV como terroristas? A principal meta é facilitar a cooperação internacional no combate a essas facções, permitindo, entre outras ações, sanções financeiras e estratégicas mais efetivas.
- Como a classificação de organizações como terroristas afeta a cooperação policial? Essa classificação ampliaria a capacidade de ação conjunta entre as autoridades dos países envolvidos, além de viabilizar o compartilhamento mais rápido de informações e recursos.
- PCC e CV já operam nos Estados Unidos? Sim, há indícios e informações das inteligências estaduais brasileiras de que essas facções expandiram suas operações além das fronteiras do Brasil, incluindo atividades nos Estados Unidos.