Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados.
O ex-deputado federal Edmar Moreira morreu, aos 83 anos. Moreira ficou conhecido como o “deputado do castelo”. O sepultamento foi realizado no sábado 18, no cemitério do Distrito de Carlos Alves, em São João Nepomuceno, Minas Gerais. A causa da morte não foi informada.
Moreira passou a ter notoriedade nacional depois de ser acusado de não declarar uma propriedade avaliada em R$ 40 milhões, em São João Nepomuceno. Ele ganhou o apelido de “deputado do castelo”.
O caso aconteceu durante a prestação de contas da campanha eleitoral de 2006. Na época, o ex-parlamentar declarou ter apenas um terreno de R$ 17,5 mil.
A construção do imóvel chamado de Castelo da Monalisa terminou em 1990. E em 1993, foi passado para o nome dos filhos de Moreira. O castelo possui 12 torres, 37 suítes com closet, adega subterrânea, capela, chafarizes, ar-condicionado central e floresta de eucaliptos. A propriedade tem quase 2 quilômetros quadrados.
Segundo o jornal Estado de Minas, a mansão está fechada desde 2019. Ela seria leiloada em 2021 com lance inicial fixado em R$ 30 milhões, mas o certame acabou sendo suspenso e o imóvel colocado à venda por R$ 40 milhões.
Carreira política
Edmar Moreira foi advogado, capitão da Polícia Militar de Minas Gerais e deputado federal pelo Estado por mais de duas décadas. Foram quatro mandatos e uma suplência. Durante sua atividade como parlamentar, também foi corregedor da Câmara dos Deputados.
Depois do episódio do castelo não declarado, Moreira foi desligado do partido Democratas, atual União Brasil. Ele renunciou aos cargos de corregedor e vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara. Em fevereiro de 2014, após a renúncia de Eduardo Azeredo (PSDB-MG), voltou a ocupar o cargo de deputado federal. A última filiação de Moreira foi pelo PTB.
Créditos: Revista Oeste.