O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta sexta-feira (17/3), a apuração da suposta participação do deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL-PB) nos atos de 8 de janeiro, que resultaram na invasão e destruição das sedes dos Três Poderes, na Esplanada dos Ministérios.
O pedido pela abertura de investigação para apurar o envolvimento do parlamentar partiu da Procuradoria-Geral da República, que, por sua vez, foi requisitada a se manifestar pelo diretório do PSol na Paraíba. O objetivo é apurar a “autoria intelectual ou instigação dos atos” por parte do deputado paraibano.
Moraes determinou que a Polícia Federal proceda, no prazo de 15 dias, com a oitiva do parlamentar. Além disso, o ministro encaminhou uma cópia da representação apresentada contra o deputado no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Além do Cabo Gilberto, o deputado estadual Walber Virgolino (PL-PB), a vereadora de João Pessoa Eliza Virgínia (PP) e Nilvan Ferreira (PL-PB), candidato ao governo do estado no ano passado, também são alvos de investigações.
Por fim, Moraes determinou que o pedido de abertura de investigação também recaia sobre a ex-primeira-dama do estado, Pâmela Bório. Ela é suspeita de ter participação no “núcleo de executores materiais dos atos criminosos”.