O cenário musical brasileiro recebeu uma notícia impactante: a morte de Rogério Meanda, um talentoso guitarrista e um nome relevante na trajetória musical do país. Nascido em 1964, Meanda faleceu nessa segunda (25/8), aos 61 anos, no Rio de Janeiro. As causas de sua morte ainda não foram reveladas, e o velório está programado para esta terça-feira (26/8), no Cemitério São João Batista, localizado na mesma cidade. Mesmo após sua partida, Rogério deixa uma marca indelével no cenário da música nacional, conhecida por suas colaborações com grandes nomes e bandas.
A notícia sobre a morte de Rogério foi divulgada nas redes sociais da banda Blitz, da qual ele fazia parte desde 2005. Durante duas décadas, ele se destacou como um membro essencial para o som e o espírito da banda. “Rogério foi parte essencial da história da Blitz e da vida de todos nós”, destacou o comunicado oficial. Seu impacto não se restringiu apenas à Blitz. Ele também foi um parceiro frequente de Cazuza durante os primeiros anos de carreira solo do cantor.
Quem foi Rogério Meanda?
Para entender o legado de Rogério Meanda, é preciso voltar aos anos 1980, quando o guitarrista se destacou no cenário musical. Ele foi reconhecido como um músico talentoso e altamente requisitado, tanto nos palcos quanto nos estúdios. Trabalhou em projetos de artistas renomados da Música Popular Brasileira e do pop nacional, como Roberto Carlos, Gal Costa, Flávio Venturini e Lenine. Sua habilidade em criar arranjos e performances marcantes garantiu o seu lugar entre os grandes instrumentistas do país.
Uma das parcerias mais notáveis de sua carreira foi com Cazuza. Juntos, Rogério e Cazuza compuseram algumas canções memoráveis que continuam a tocar gerações. Entre elas, destacam-se “Medieval II” (1985), “Completamente Blue” (1987), “Só Se For a Dois” (1987) e “O Nosso Amor a Gente Inventa (Estória Romântica)” (1987). Essas músicas fazem parte dos dois primeiros álbuns solo de Cazuza, lançados logo após sua saída do Barão Vermelho. A colaboração entre os dois músicos foi fundamental para o sucesso inicial de Cazuza em sua carreira solo, marcando uma fase de intensa criatividade e inovação.
Qual o legado de Meanda para a Blitz?
O envolvimento de Rogério Meanda com a Blitz começou em 2005, e desde então, o guitarrista se tornou uma parte crucial do som e da evolução da banda. A Blitz, conhecida por seu estilo alegre e irreverente, encontrou em Meanda um músico versátil que contribuiu significativamente para manter a essência e a relevância do grupo ao longo dos anos. Segundo a banda, sua presença foi essencial para a continuidade do sucesso e para a renovação criativa da banda.
A morte de Rogério Meanda representa uma grande perda não apenas para a Blitz, mas para toda a cena musical brasileira. Davi Moraes, também guitarrista, descreveu Meanda como “um grande guitarrista brasileiro e um compadre”, ressaltando sua importância tanto nos estúdios quanto nos palcos. As colaborações e parcerias ao longo dos anos mostram o quanto ele foi estimado e respeitado por seus colegas de profissão.
- Identidade Sonora: Meanda foi o principal responsável por definir a sonoridade da banda, que misturava rock com elementos de pop e reggae. Seu estilo único na guitarra se tornou uma marca registrada da Blitz.
- Composições e Parcerias: Ele participou ativamente do processo criativo, compondo e arranjando várias músicas de sucesso. A parceria com Evandro Mesquita foi fundamental para a criação de hits como “Você Não Soube Me Amar” e “A Dois Passos do Paraíso”.
- Performance no Palco: Sua presença de palco era carismática e energética, o que contribuía para o sucesso das apresentações ao vivo. Ele ajudou a consolidar a imagem irreverente e divertida da Blitz.
- Influência no Cenário Musical: O estilo inovador de Rogério Meanda influenciou muitos músicos e bandas da geração seguinte, que se inspiraram na mistura de gêneros e na forma descontraída de fazer música.
Como o músico influenciou o cenário brasileiro?
Além de seu trabalho com bandas e artistas renomados, Rogério Meanda também se destacou pela capacidade de transitar entre diversos gêneros musicais, agregando sua personalidade única a cada projeto. Esta habilidade o tornou um músico versátil, capaz de enriquecer qualquer faixa com um toque especial, seja no rock, no pop ou na Música Popular Brasileira. Sua contribuição para a música brasileira foi mais do que técnica; foi emocional e autêntica.
Com o tempo, o nome de Meanda se consolidou como sinônimo de qualidade e criatividade. Sua habilidade com a guitarra e sua sensibilidade musical continuaram a inspirar músicos e ouvintes mesmo após sua saída dos holofotes principais. Cada composição ou participação em álbum carregava a assinatura única de Meanda, que sabia como poucos criar linhas melódicas que traduzissem emoções complexas e profundas.
Homenagem ao amigo querido de longa data, Rogério Meanda. Cara único, de grande coração, guitarrista virtuoso.
— George Israel (@GeorgeIsraell) August 25, 2025
Obrigado pelas risadas, pelos solos antológicos, entre eles o de "Exagerado".
Que vá num caminho de luz. Meus sinceros sentimentos à família.🖤 pic.twitter.com/dt1tn1RrPY
FAQ sobre Rogério Meanda
- Qual era o estilo musical preferido de Rogério Meanda? Meanda transitava com facilidade entre o rock e a MPB, mas tinha uma predileção por sons que combinassem melodia e improvisação, o que pode ser visto em seu trabalho com Cazuza.
- Quais outros artistas participaram das gravações de Cazuza junto com Meanda? Além de Meanda, Cazuza trabalhou com vários músicos talentosos nos primeiros álbuns solo, porém, Meanda foi um dos parceiros mais frequentes desse período de sua carreira.
- Rogério Meanda lançou algum trabalho solo em sua carreira? Apesar de ser um músico de estúdio prolífico, Rogério Meanda optou por focar em colaborações e não lançou um álbum solo integral, preferindo enriquecer os projetos de outros artistas.
