Em liberdade condicional, assassina de Marcos Matsunaga mudou de nome e recomeçou a vida em cidade do interior de São Paulo
Agora motorista de aplicativo com outro nome, Elize Matsunaga viveu momentos conturbados que começaram na riqueza do império conquistado por Marcos Matsunaga, ex-marido assassinado por ela, e foram até o fundo do poço, com a prisão e a condenação pelo crime.
As câmeras de segurança do prédio onde moravam mostraram Elize saindo com as malas com as partes do corpo do marido, no dia seguinte ao assassinato, em maio de 2012. A mulher confessou o crime dias depois.
Em junho daquele ano, Elize confessou em depoimento ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) que matou e esquartejou o marido por ciúme. O assassinato não havia sido premeditado. Ela disse que planejou tudo após matá-lo por causa de uma discussão.
Depois de matar o marido, então diretor da Yoki, ela usou técnicas que aprendeu ao trabalhar em um centro cirúrgico para desmembrar o corpo, deixando o cadáver em um quarto da casa durante 10 horas antes de esquartejá-lo na cobertura do casal, na Vila Leopoldina.
Depois do crime, Elize colocou as partes do corpo do marido dentro de malas e as espalhou em regiões de Cotia, na Grande São Paulo.
Inicialmente, Elize foi condenada a 19 anos, 11 meses e 1 dia de prisão em regime fechado por ter matado e esquartejado o marido. Depois, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) reduziu a pena para 16 anos.
Recentemente, em maio do ano passado, a Justiça de São Paulo concedeu liberdade condicional a Elize, que se mudou para uma cidade próxima a Tremembé, no interior de São Paulo, onde estava presa.
Já em liberdade, ela passou a exercer duas atividades profissionais: um ateliê onde produz roupas para pets e o trabalho como motorista de aplicativo, sobre o qual se tornou notícia nesta quinta-feira (23). Usando outro sobrenome (Araújo Giacomini) para evitar o reconhecimento, Elize dirige um Honda Fit e tem nota 4.80 no app, como contou o jornalista e biógrafo dela, Ulisses Campbell.
O escritor afirma também que os passageiros se sentem à vontade nas corridas com Elize e que apoiam sua ressocialização.