“Amor que fica” é mais do que o título de uma canção. Para o padre, cantor e escritor Fábio de Melo (@pefabiomelo), trata-se de uma reflexão profunda sobre a vida, o amor e os vínculos que resistem ao tempo e à dor. Com uma linguagem acessível e sensível, ele nos convida a pensar sobre quem realmente permanece ao nosso lado quando tudo parece ruir.
Fábio de Melo é conhecido por unir espiritualidade e poesia em suas mensagens. Padre católico e comunicador nato, ele já foi indicado ao Grammy Latino e apresenta o programa “Direção Espiritual”. Em suas redes sociais, compartilha ensinamentos que tocam o emocional de milhares de seguidores. Nesta fala, ele nos convida a observar quem, de fato, fica depois que as tempestades passam.
Por que a vida revela quem realmente permanece?
Segundo Fábio de Melo, a vida funciona como uma peneira natural. Com o tempo, vamos enfrentando desafios, perdas, dores e decepções. Nessas horas, é comum perceber que nem todos estarão por perto. As relações se testam na dor. As pessoas vão se afastando, e o que sobra são os verdadeiros vínculos.
Ele destaca que, ao final das batalhas mais difíceis, quem permanece ao nosso lado é quem realmente acredita no nosso valor. E isso vale tanto para as relações humanas quanto para a espiritualidade. Só o amor genuíno é capaz de suportar o peso da espera, do sofrimento e da travessia.
O que significa ter alguém à porta esperando por nós?
Na metáfora usada por Fábio, ele descreve aquele que espera sentado do lado de fora da porta. Trata-se de alguém que, apesar de tudo, está disposto a nos aguardar, nos acolher, nos resgatar. Essa imagem traz uma sensação de segurança e pertencimento que só vínculos profundos podem oferecer.
Esse tipo de amor é raro e poderoso. Segundo ele, não se trata de um amor superficial ou passageiro. Mas sim daquele que caminha até nós mesmo quando tudo parece perdido. Que atravessa distâncias, enfrenta batalhas e permanece firme. Amor que não desiste, que não cobra retorno imediato, mas permanece em silêncio, esperando.
O que é a peneira emocional da vida, segundo Fábio de Melo?
Fábio fala de um processo de depuração natural. Ele compara a vida a uma grande peneira: tudo aquilo que é excesso, superficial ou falso tende a cair. Só as pedras preciosas ficam. Isso vale para amigos, relações, expectativas e até ideias sobre nós mesmos.
Essa imagem ajuda a entender por que tantas coisas e pessoas se perdem com o tempo. Não significa fracasso, mas sim um processo de filtragem essencial. E o que sobra, o que fica, é justamente o que tem valor duradouro. As relações que resistem ao tempo são como joias, que brilham mesmo depois de muita pressão.
Quem Amor Ficará fala só sobre o outro ou também sobre nós?
A fala de Fábio de Melo também se volta para dentro. Ele afirma que, além da presença do outro que nos ama, existe algo interno, deixado por Deus, que também nos espera. Essa dimensão interior tem poder de nos resgatar quando tudo parece perdido. Ou seja, há algo dentro de nós que também é amor e que pode nos salvar.
Esse amor próprio, muitas vezes esquecido, é essencial. Trata-se da força que nos mantém vivos, mesmo quando ninguém mais parece ver valor em nós. É esse amor que nos convida a continuar, a levantar, a caminhar. E que, muitas vezes, é despertado justamente pelas adversidades.
O que Fábio de Melo quer dizer com “só o amor é capaz de fazer a gente viver esses movimentos”?
Essa frase resume a essência da fala. Só o amor verdadeiro, aquele que não depende de recompensas ou condições, é capaz de mover alguém em direção ao outro. É o amor que atravessa distâncias, que espera pacientemente, que acredita mesmo diante da desesperança.
Esses movimentos não são apenas físicos, mas também espirituais e emocionais. Exigem coragem, entrega e uma fé profunda na possibilidade da transformação. E é justamente por isso que esse amor se torna tão raro e, ao mesmo tempo, tão valioso. Ele nos move porque acredita em nós quando nem nós mesmos conseguimos.
Como reconhecer quem realmente ficou ao seu lado?
Após tempestades emocionais ou grandes crises, é natural se perguntar quem realmente esteve presente. Fábio de Melo nos convida a olhar ao redor e perceber quem enfrentou o exército por nós. Quem não fugiu no meio da batalha. Quem, mesmo em silêncio, permaneceu.
Essas pessoas não são muitas, mas são valiosas. E reconhecê-las é um ato de gratidão e também de cura. Elas nos ajudam a reconstruir, nos lembram que não estamos sozinhos. E, mais importante, revelam que somos dignos de amor, mesmo nas nossas versões mais frágeis.
Por que refletir sobre o amor que fica é importante para a saúde emocional?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece que vínculos afetivos estáveis e relações de apoio são fundamentais para o bem-estar emocional. Estudos indicam que sentir-se amado e pertencente reduz riscos de ansiedade e depressão. (fonte)
Fábio de Melo, embora não fale com linguagem técnica, traduz essa ideia com sensibilidade. Ele nos lembra que não se trata de quantidade de pessoas, mas da qualidade do amor que recebemos e oferecemos. E que, mesmo que todos se afastem, o amor que fica — seja o do outro, seja o nosso por nós mesmos — pode ser suficiente para recomeçar.
O que esse tipo de amor nos ensina sobre a vida?
Esse amor resiliente e persistente nos ensina que nem tudo está perdido quando algo ou alguém vai embora. Ele nos mostra que o que realmente importa permanece. Que a vida, mesmo dura, ainda pode oferecer beleza, vínculos e pertencimento.
Quando reconhecemos quem ficou, deixamos de focar no que foi embora. E isso é libertador. Porque nos permite caminhar com mais leveza, com mais fé. E, acima de tudo, com mais consciência de quem somos e do valor que temos — mesmo nas nossas maiores vulnerabilidades.
Fontes e referências utilizadas neste conteúdo
- Organização Mundial da Saúde (OMS)
- Canal oficial de Fábio de Melo no YouTube
- Instagram oficial: https://www.instagram.com/pefabiomelo/
