Foto: Azul/Divulgação.
A Azul está negociando a dívida que acumulou nos últimos anos, especialmente durante o auge da pandemia de Covid-19. Neste ano, a companhia aérea tem de pagar cerca de R$ 3,8 bilhões para arrendadores de aviões e mais R$ 700 milhões a bancos, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo. O total da dívida é de R$ 4,5 bilhões.
Do montante da dívida, R$ 3,2 bilhões se referem ao aluguel anual das aeronaves e R$ 600 milhões, ao valor postergado durante a pandemia. A intenção da Azul seria encaminhar o acordo já nesta semana.
No momento mais crítico da pandemia, a Azul fez um acordo que adiou o pagamento de aluguel das aeronaves.
Em conversas com possíveis investidores, a companhia aérea vem tentando levantar capital no mercado financeiro. Com dificuldade para acessar investimentos, a Azul optou pela renegociação com arrendadores e bancos. A empresa americana Seabury Capital está à frente das negociações.
“Estou confiante. Nossos parceiros receberão tudo, mas talvez tenham de alongar o prazo para nós. Não haveria motivo para eles retirarem aeronave de alguém que está pagando mensalmente e perder o que está sendo pago da época da Covid”, diz o presidente da Azul, John Rodgerson.
A agência de classificação de risco Fitch rebaixou, na sexta-feira (10/2), os IDRs (Issuer Default Ratings, as Notas de Inadimplência do Emissor) de longo prazo em moedas estrangeira e local da Azul. Segundo a agência, o rebaixamento se deve ao alto risco de refinanciamento da companhia aérea, além de pressões sobre o fluxo de caixa e piora da liquidez.
Créditos: Metrópoles.