A tristeza pela perda de Juliana Marins, a brasileira que faleceu após uma queda em uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, se intensificou na noite desta quarta-feira (25/6). Em uma postagem nas redes sociais, Mariana Marins, irmã da jovem, compartilhou uma mensagem comovente, recordando momentos vividos juntas e expressando o vazio deixado pela partida prematura de Juliana.
“Como vou ser velha sem você? Como terei 60 anos sem você do meu lado? Quem usará um gorro de Natal comigo em qualquer dia de dezembro?”, escreveu Mariana em um trecho da publicação.
Como Mariana explicou sua relação com Juliana Marins?
Ela destacou a ligação especial que tinha com a irmã, a quem chamou de “irmã gêmea, embora com cinco anos de diferença”. Mariana relembrou que foi ela quem ensinou Juliana a andar de bicicleta, tocar violão e até gostou da banda 30 Seconds to Mars para que pudessem ir juntas ao show.
“Você sempre foi a maior parceira do mundo, mesmo sendo avoadinha de tudo, sempre acreditando que todas as coisas sempre iam dar certo. E o pior: elas sempre davam certo!”, afirmou.
Com muito carinho e humor, Mariana descreveu a personalidade alegre, otimista e divertida de Juliana. O texto também falou sobre as dificuldades que virão, principalmente pela ausência da tia para os filhos de Mariana.
“Seu relógio biológico bateu errado e você — semana sim, semana não — me pedia logo uma sobrinha. Você seria uma excelente tia. Seus sobrinhos vão saber tudo sobre você. Não se preocupe com isso. Mas eles não terão o privilégio de conviver com você. E isso tem acabado comigo”, desabafou.
Quais são os riscos das trilhas em montanhas como o Monte Rinjani?
O Monte Rinjani é o segundo vulcão mais alto da Indonésia e atrai milhares de turistas todos os anos. No entanto, trilhas em montanhas apresentam riscos consideráveis, como mudanças bruscas de tempo, neblina intensa, deslizamentos e trilhas escorregadias. Além disso, a altitude pode causar desconfortos físicos, como falta de ar e fadiga extrema, exigindo preparo físico e mental dos praticantes.
Entre os principais perigos enfrentados por quem se aventura em regiões montanhosas, destacam-se:
- Terreno instável: Rochas soltas e trilhas estreitas aumentam o risco de quedas.
- Clima imprevisível: Chuvas repentinas e neblina podem dificultar a visibilidade e o deslocamento.
- Dificuldade de resgate: O acesso remoto e a falta de infraestrutura tornam as operações de salvamento mais complexas.
Como funciona o resgate em áreas de difícil acesso?
O resgate em regiões como o Monte Rinjani envolve equipes especializadas, que precisam lidar com obstáculos naturais e limitações logísticas. No caso de Juliana Marins, as operações duraram mais de sete horas, com o apoio de profissionais locais e equipamentos específicos para içar o corpo em meio ao terreno íngreme. O processo é frequentemente afetado por fatores como neblina, chuva e ventos fortes, que podem atrasar ou até mesmo suspender as buscas temporariamente.

O procedimento padrão inclui:
- Mobilização de equipes de resgate treinadas em montanhismo.
- Utilização de cordas, macas especiais e, quando possível, helicópteros.
- Monitoramento constante das condições climáticas para garantir a segurança dos socorristas.
O que a morte de Juliana Marins revela sobre o turismo de aventura?
O caso de Juliana Marins evidencia a necessidade de planejamento detalhado e respeito aos limites individuais durante atividades de aventura. O turismo em trilhas e montanhas requer preparação física, equipamentos adequados e acompanhamento de guias experientes. Além disso, é fundamental conhecer os protocolos de segurança e as condições do local antes de iniciar qualquer expedição.
Para quem pretende explorar destinos como o Monte Rinjani, algumas recomendações são essenciais:
- Pesquisar sobre o percurso e as condições climáticas.
- Contratar guias locais com experiência comprovada.
- Levar equipamentos de segurança, como botas apropriadas, lanternas e kits de primeiros socorros.
- Informar familiares ou amigos sobre o roteiro e horários previstos.
A repercussão do acidente também gerou debates sobre a eficiência das autoridades locais em situações de emergência, destacando a importância de políticas públicas voltadas para a segurança de turistas estrangeiros. A mobilização nas redes sociais demonstrou o alcance e a solidariedade de pessoas de diferentes partes do mundo diante de tragédias em ambientes naturais.
O episódio envolvendo Juliana Marins serve como alerta para os desafios e responsabilidades envolvidos no turismo de aventura. A busca por experiências marcantes deve sempre ser acompanhada de prudência, informação e respeito aos limites do corpo e da natureza.