Na noite dessa quarta-feira (18/6), Nayara Macedo, conhecida como Any Awada, e sua mãe, Ângela Macedo, foram liberadas após decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Ambas estavam detidas sob suspeita de envolvimento na comercialização de cosméticos adulterados, caso que ganhou destaque devido à notoriedade de Nayara, que já esteve em evidência na mídia por outras razões. A soltura ocorreu após análise judicial que considerou desnecessária a manutenção da prisão preventiva das investigadas.
O processo teve início em maio de 2025, quando Nayara e Ângela foram presas em um apartamento localizado no bairro Alto Ipiranga, em Mogi das Cruzes, região metropolitana de São Paulo. Durante a operação policial, foram apreendidos diversos produtos de marcas reconhecidas e um veículo de alto valor. A investigação apontou suspeitas de fraude e venda de itens possivelmente falsificados, levando à detenção das duas mulheres.
Por que Nayara Macedo e sua mãe foram soltas?

A decisão judicial que resultou na soltura de Nayara Macedo e Ângela Macedo foi fundamentada na ausência de requisitos legais para a prisão preventiva. Segundo o magistrado responsável pelo caso, não havia elementos suficientes que justificassem a restrição da liberdade das acusadas, como risco à ordem pública ou econômica. Com a conclusão da fase de investigação e a continuidade do processo garantida, o juiz entendeu que a prisão cautelar não era mais necessária.
Como ocorreu a prisão e quais foram os desdobramentos?
A prisão de Nayara e sua mãe aconteceu em 22 de maio de 2025, quando ambas foram encontradas em posse de cosméticos de marcas conhecidas e de um veículo Audi Q3, avaliado em aproximadamente R$ 150 mil. A ação policial foi resultado de denúncias e investigações sobre a venda de produtos adulterados. Além do caso principal, Nayara também responde a outro processo, no qual uma cliente alega não ter recebido um perfume adquirido em sua loja virtual, com indícios de que o pagamento foi direcionado à conta bancária de Ângela Macedo.
Detalhes da Prisão:
- Acusação: Falsificação e venda de produtos adulterados, sem registro na Anvisa e com substâncias proibidas. Os crimes investigados incluem estelionato, falsificação, corrupção de produtos e associação criminosa.
- Origem da investigação: As investigações tiveram início em agosto de 2023, após a denúncia de uma cliente que comprou perfumes importados por R$ 857,90 e descobriu que eram falsificados.
- Movimentação financeira: As apurações indicaram que o grupo teria movimentado mais de R$ 1 milhão com o esquema.
- Apreensões: Durante a operação, foram encontrados produtos de marcas conhecidas, um automóvel de luxo avaliado em R$ 150 mil e diversos frascos de perfumes.
- Outras detidas: Além de Any Awada e sua mãe, uma terceira mulher, Júlia Gabriela de Siqueira Freitas, de 27 anos, também foi detida no esquema.
- Condições da prisão: Após a prisão, os advogados de Any Awada divulgaram vídeos e fotos da cela onde ela estava detida, relatando condições precárias, como a presença de insetos e roedores, superlotação e falta de estrutura básica. Any também teria desenvolvido uma infecção urinária.
- Filha menor: A filha de dois anos de Nayara ficou sob os cuidados de uma tia durante o período da prisão.
- Gravidez: Após a prisão, foi confirmado que Any Awada está grávida.
Desdobramentos:
- Soltura: Nayara Macedo das Virgens (Any Awada) e sua mãe, Ângela de Macedo, foram soltas na noite de 18 de junho de 2025.
- Processo em andamento: Apesar da soltura, ambas responderão ao processo em liberdade. Segundo o magistrado, não havia elementos que justificassem a prisão preventiva, pois não foi caracterizado risco à ordem pública ou econômica e a investigação principal já foi concluída.
- Defesa: A equipe jurídica que representa Any Awada e sua mãe declarou que “estão devidamente livres e responderão aos demais desdobramentos processuais em pleno gozo da liberdade, direito este que sequer deveria ter sido tolhido”.
- Polêmicas anteriores: Any Awada já havia ganhado notoriedade ao afirmar ter tido um affair com o jogador Neymar em uma festa privada e, posteriormente, ter engravidado dele (o que foi negado pelo jogador e por sua assessoria). Atualmente, ela também vende conteúdo adulto em plataformas online.
Quais eram as condições da prisão de Nayara Macedo?
Durante o período em que esteve detida, Nayara Macedo relatou, por meio de seus representantes legais, condições precárias na cela. Imagens divulgadas mostraram a presença de ratos, baratas e superlotação, com algumas detentas dormindo no chão. Nayara, que afirmou estar grávida, dividia o espaço com outra gestante, o que gerou preocupação quanto ao bem-estar das presas. A defesa destacou a necessidade de respeito aos direitos humanos e à dignidade das detidas, reforçando a importância da decisão judicial que permitiu a liberdade provisória.
- Relatos de insalubridade nas celas
- Superlotação e falta de estrutura adequada
- Presença de mulheres grávidas em condições inadequadas
O que acontece agora com Nayara Macedo e sua mãe?
Com a liberdade provisória concedida, Nayara Macedo e Ângela Macedo permanecem respondendo ao processo em curso. O caso segue tramitando no Tribunal de Justiça de São Paulo, e ambas deverão comparecer às audiências e cumprir eventuais determinações judiciais. O escritório de advocacia responsável pela defesa ressaltou que as acusadas poderão acompanhar o andamento do processo em liberdade, sem prejuízo para a investigação e para o direito de defesa.
O episódio evidencia a atuação do sistema judiciário na análise criteriosa da necessidade de prisão preventiva, além de chamar atenção para as condições do sistema prisional e os direitos das pessoas privadas de liberdade. O desdobramento do caso seguirá sendo acompanhado pelas autoridades competentes, que buscam garantir o devido processo legal e a apuração dos fatos.