O vulcão Kilauea, situado no Havaí, voltou a chamar a atenção em 2025 devido à sua recente atividade eruptiva. Considerado um dos vulcões mais ativos do planeta, o Kilauea é monitorado constantemente por especialistas, que acompanham de perto cada alteração em seu comportamento. A erupção mais recente ocorreu nesta sexta-feira (20/6), e apresentou características marcantes, como fontes de lava que alcançaram alturas impressionantes.
O fenômeno foi registrado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que divulgou imagens mostrando jatos de lava incandescente saindo da abertura norte do vulcão. A área afetada está localizada dentro do Parque Nacional dos Vulcões do Havaí, uma região que recebe visitantes do mundo inteiro, mas que, durante episódios como este, é isolada para garantir a segurança de todos.
Como ocorre uma erupção vulcânica no Kilauea?
AVISO 🌋
— Geól. Sergio Almazán (@chematierra) June 20, 2025
¡El #Volcán #Kilauea otra vez en erupción, en #Hawái 🇺🇸
El episodio 26 inició en junio 20 a la 01:40 am.
La nueva erupción expulsando otra vez espectaculares fuentes de lava, dentro del cráter Halemaʻumaʻu.#Volcano #eruption
Via @USGSVolcanoes pic.twitter.com/6Gf9XY5n39
O processo de erupção no Kilauea envolve a ascensão do magma proveniente do interior da Terra até a superfície. Esse magma, ao entrar em contato com o ar, transforma-se em lava, liberando gases e provocando explosões que podem ser vistas a quilômetros de distância. No caso da erupção de junho de 2025, as fontes de lava atingiram até 305 metros de altura, demonstrando a força do fenômeno natural.
De acordo com o USGS, os episódios de atividade intensa no Kilauea costumam durar cerca de um dia. Durante esse período, a liberação de lava e gases é monitorada em tempo real por equipes especializadas, que utilizam equipamentos de alta tecnologia para analisar a evolução do evento. Esse acompanhamento é fundamental para avaliar possíveis riscos e adotar medidas preventivas.
Quais são os impactos das erupções desse vulcão?
Apesar da intensidade das erupções, a área diretamente afetada permanece isolada, o que reduz significativamente o risco para as comunidades próximas. O Parque Nacional dos Vulcões do Havaí possui protocolos rigorosos de segurança, incluindo a evacuação de visitantes e restrição de acesso a determinadas regiões durante períodos de atividade vulcânica.
Impactos Diretos
- Destruição de residências e infraestrutura: Fluxos de lava podem cobrir e destruir casas, edifícios, estradas, redes elétricas e de comunicação, forçando evacuações em massa e deixando muitos desabrigados. Em 2018, por exemplo, mais de 700 residências foram destruídas.
- Deslocamento da população: Milhares de pessoas são forçadas a deixar suas casas e comunidades, buscando abrigos de emergência ou se mudando para outras áreas, gerando desafios sociais e econômicos.
- Riscos à saúde:
- Gases vulcânicos (vog): A emissão de dióxido de enxofre (SO₂) e outras partículas forma o “vog” (smog vulcânico), que pode causar irritação nos olhos, nariz, garganta e pele, tosse, problemas respiratórios e agravar condições preexistentes como asma.
- Queda de cinzas: As cinzas vulcânicas podem reduzir a visibilidade, danificar veículos e aeronaves, e causar problemas respiratórios.
- Laze: Quando a lava quente atinge o oceano, ela cria uma pluma tóxica de vapor, ácido clorídrico e partículas de vidro vulcânico, conhecida como “laze” (lava + haze), que é extremamente perigosa.
- Terremotos: As erupções frequentemente são acompanhadas por intensa atividade sísmica, incluindo terremotos de magnitude considerável, que podem causar danos a estruturas e instabilidade do solo.
Impactos Econômicos
- Perdas na indústria do turismo: Embora as erupções possam atrair “turismo vulcânico” para observação, a destruição e os riscos à saúde frequentemente levam ao cancelamento de viagens, fechamento de parques nacionais (como o Parque Nacional dos Vulcões do Havaí) e uma queda geral na receita do turismo, afetando hotéis, restaurantes e outras empresas locais.
- Prejuízos agrícolas: Fluxos de lava podem cobrir e destruir fazendas, plantações e gado, causando perdas significativas para o setor agrícola.
- Perda de empregos: A paralisação de atividades econômicas, especialmente no turismo e agricultura, resulta em perda de empregos e impacta a subsistência de muitas famílias.
- Desvalorização de propriedades: Áreas afetadas pela lava ou em zonas de alto risco vulcânico podem ter suas propriedades desvalorizadas.
Impactos Ambientais e na Paisagem
- Alteração da paisagem: Os fluxos de lava remodelam drasticamente a paisagem, criando novas formações rochosas e destruindo ecossistemas existentes.
- Impacto na vida selvagem: A lava e os gases tóxicos podem dizimar a flora e a fauna locais, alterando habitats naturais.
- Contaminação da água: Em alguns casos, a interação da lava com a água subterrânea pode afetar a qualidade da água potável.
Além disso, as autoridades locais trabalham em conjunto com pesquisadores para estudar os efeitos das erupções e aprimorar os planos de emergência. Até o momento, não foram registrados danos significativos às comunidades vizinhas, graças às medidas adotadas e ao acompanhamento rigoroso da situação.
Por que o Kilauea é considerado um dos vulcões mais ativos do mundo?

O Kilauea se destaca por sua frequência de erupções e pelo volume de lava expelido ao longo dos anos. Desde dezembro de 2024, uma série de episódios semelhantes ao registrado em junho de 2025 tem sido observada, evidenciando a constante atividade do vulcão. Essa característica faz com que o Kilauea seja objeto de estudo para cientistas de diversas partes do mundo.
- Atividade contínua: O vulcão apresenta erupções regulares, com intervalos curtos entre os eventos.
- Importância científica: Pesquisadores utilizam o Kilauea como laboratório natural para compreender melhor os processos geológicos.
- Relevância turística: O vulcão atrai visitantes interessados em observar de perto fenômenos naturais impressionantes.
O monitoramento e a pesquisa desenvolvidos em torno do Kilauea contribuem para o avanço do conhecimento sobre vulcanologia e para a elaboração de estratégias eficazes de prevenção e resposta a desastres naturais. O acompanhamento contínuo permite que autoridades e cientistas estejam preparados para lidar com novas erupções, protegendo tanto a população quanto o patrimônio natural do Havaí.