A morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, ocorrida recentemente, trouxe à tona detalhes surpreendentes sobre sua vida financeira e rotina. O caso ganhou destaque após o corpo de Adalberto ser localizado em um buraco no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, levantando questionamentos sobre as circunstâncias do falecimento e o patrimônio acumulado pelo empresário.
Durante as investigações, informações fornecidas por familiares e pela viúva, Fernanda Grando Dandalo, revelaram que Adalberto possuía uma série de bens de alto valor. Entre eles, estavam imóveis, veículos de luxo e uma empresa, além de uma quantia significativa em dinheiro. Esses elementos passaram a ser analisados pela Polícia Civil, que busca entender se o patrimônio tem relação com o crime.
Quais eram os principais bens do empresário?
A diretora-geral do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Ivalda Aleixo, detalha a nova linha de investigação da polícia sobre a morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, de 36 anos, no Autódromo de Interlagos (SP). A principal hipótese agora é… pic.twitter.com/yELnkdZc5r
— Cidade Alerta (@cidadealerta) June 11, 2025
Segundo depoimento da viúva Fernanda Grando Dandalo colhido pela polícia, Adalberto mantinha uma vida confortável e ostentava diversos bens. Entre os imóveis, destacava-se uma casa em Aldeia da Serra, região valorizada da Grande São Paulo, avaliada em aproximadamente R$ 2,5 milhões. O empresário também possuía um apartamento em Cotia, utilizado como fonte de renda por meio de aluguel.
Na garagem, a família contava com veículos de alto padrão, como um SUV HR-V, um Volkswagen Virtus e uma motocicleta BMW GS850. Além dos bens materiais, Adalberto era proprietário de uma empresa, cujo ramo de atuação ainda está sob análise das autoridades. Em relação às finanças, a viúva informou que havia cerca de R$ 1 milhão em conta bancária, sem registro de dívidas.
Como ocorreu o desaparecimento e o que se sabe sobre a investigação?
O desaparecimento de Adalberto foi registrado em 30 de maio de 2025. Após dias de buscas, o corpo foi encontrado em 3 de junho, dentro de um buraco no Autódromo de Interlagos. A Polícia Civil de São Paulo segue apurando os fatos, ouvindo testemunhas e analisando imagens de câmeras de segurança do local.
- O empresário foi visto pela última vez nas proximidades do autódromo.
- Seguranças do local prestaram depoimento à polícia.
- Familiares e pessoas próximas também foram ouvidos para esclarecer detalhes da rotina de Adalberto.
As autoridades trabalham com diferentes linhas de investigação, incluindo possíveis motivações financeiras, disputas empresariais e envolvimento de terceiros. Até o momento, não há confirmação sobre suspeitos ou causas exatas da morte.
Quais são os próximos passos da investigação?

O inquérito policial permanece em andamento, com a coleta de novos depoimentos e análise de provas periciais. A polícia busca identificar se há ligação entre o patrimônio de Adalberto e o crime, além de esclarecer o que motivou o desaparecimento e a morte do empresário.
- Laudo necroscópico (autópsia): Deve esclarecer a causa exata da morte. Embora já se saiba que Adalberto morreu por asfixia (possivelmente por compressão torácica, ou um “mata-leão”), este laudo pode indicar, por exemplo, se a morte ocorreu por infarto, o que mudaria a natureza da investigação de homicídio para ocultação de cadáver.
- Exame toxicológico: Já se sabe que este laudo descartou o uso de maconha, contradizendo o depoimento inicial de um amigo. Ele ainda pode revelar a presença de outras substâncias.
- Análise de DNA do sangue encontrado no carro da vítima: Para confirmar se o sangue pertence ao empresário e, possivelmente, determinar quando foi depositado no veículo.
Além dos laudos, os próximos passos da investigação incluem:
- Novos depoimentos: O amigo que estava com Adalberto no evento deve ser ouvido novamente, pois seu depoimento anterior apresentou contradições. Sete seguranças do evento já prestaram depoimento, e outros devem ser interrogados nos próximos dias.
- Aprofundamento nas hipóteses: A polícia trabalha com a hipótese de que Adalberto tenha sido vítima de um “mata-leão” e sido colocado no buraco ainda desacordado. Uma nova hipótese também sugere que ele pode ter se envolvido em uma briga ao tentar cortar caminho por uma área restrita do autódromo, onde o corpo foi encontrado.
- Análise de vida pessoal e relacionamentos: Os investigadores estão investigando a vida pessoal e outros relacionamentos do empresário para buscar possíveis motivos para o crime.
- Localização de itens desaparecidos: A câmera GoPro que estava acoplada ao capacete de Adalberto não foi encontrada, e a calça e os sapatos dele também estão desaparecidos.
O caso segue sendo acompanhado de perto pela imprensa e pela sociedade, que aguardam esclarecimentos sobre o desfecho da investigação. A expectativa é que as autoridades apresentem novas informações à medida que as apurações avancem, trazendo respostas para os questionamentos que surgiram após a morte do empresário.