A prefeita de Marituba, Patrícia Alencar, se viu no centro de um debate público após a divulgação de um vídeo pessoal em que aparece dançando de biquíni. O vídeo, inicialmente postado em sua conta privada no Instagram, rapidamente se espalhou pelas redes sociais, gerando uma onda de reações diversas. Este incidente levanta questões sobre a linha tênue entre a vida pessoal e pública de figuras políticas.
No vídeo, Patrícia dança ao som da música “Que Pancada de Mulher”, de Xand Avião e Zé Vaqueiro, uma canção que exalta a beleza feminina. A prefeita, no entanto, não esperava que a gravação, destinada a um público restrito de apenas 186 seguidores, se tornasse viral. Segundo ela, um dos seguidores gravou a tela e compartilhou o conteúdo, resultando em ampla repercussão.
Como a internet reagiu ao vídeo da prefeita?
A prefeita de Marituba, Patrícia Alencar, viralizou após o vazamento de um vídeo em que dança de biquíni. O caso gerou polêmica e dividiu opiniões
— Gravata Love (@gravatalove) June 6, 2025
Ela rebateu as críticas e questionou a polêmica
Patrícia relatou que o vídeo foi gravado por um seguido e divulgado sem autorização pic.twitter.com/DX8tRh0CPM
A reação ao vídeo foi imediata e polarizada. Enquanto alguns internautas criticaram a prefeita por considerar sua atitude inadequada para alguém em sua posição, outros defenderam seu direito à privacidade e à vida pessoal. Comentários variaram de críticas sobre a necessidade de manter uma postura mais formal a elogios sobre sua aparência e autenticidade.
Em resposta às críticas, Patrícia usou sua conta oficial para defender seu direito de conciliar diferentes aspectos de sua vida. Ela afirmou que é possível ser uma mulher trabalhadora, mãe e ainda assim manter sua individualidade e estilo pessoal. Essa declaração abriu espaço para um debate mais amplo sobre o papel das mulheres na política e os padrões de comportamento esperados delas.
Como o caso da prefeita Patrícia Alencar impactou?

O caso de Patrícia Alencar vai além de um simples vídeo viral. Ele destaca questões importantes sobre machismo e preconceito na sociedade contemporânea. A prefeita decidiu usar a situação como uma oportunidade para promover discussões sobre esses temas, afirmando que pretende transformar o incidente em uma plataforma para combater estigmas sociais.
Patrícia Alencar é conhecida por compartilhar imagens em trajes informais em suas redes sociais, o que já gerou atenção anteriormente. Comentários como “A prefeita mais linda do Brasil” são comuns em suas postagens, refletindo tanto a admiração quanto o escrutínio que ela enfrenta.
Como o caso impactou:
- Polarização de opiniões: O vídeo gerou reações divididas. Parte do público a criticou, acusando-a de “quebrar o decoro do cargo” e comprometer a imagem institucional da prefeitura. Outra parte, no entanto, a defendeu, vendo a atitude como uma afirmação de liberdade e autenticidade, e criticando o machismo por trás das críticas.
- Reacendimento do debate sobre liberdade e decoro: O caso reacendeu discussões sobre os limites da liberdade individual de figuras públicas, a expectativa de decoro em cargos políticos e o machismo presente na sociedade, especialmente em relação a mulheres em posições de poder.
- Exposição e pressão: A viralização do vídeo colocou a prefeita sob intensa pressão política e midiática, com o desafio de manter o foco nas ações administrativas enquanto lida com a polêmica. O episódio pode ser explorado por opositores em futuras disputas eleitorais.
- Questões sobre privacidade: O vazamento do vídeo, que era de um perfil privado, levantou questões sobre a segurança das informações em redes sociais e a responsabilidade de respeitar a privacidade alheia.
Como ela se pronunciou:
Patrícia Alencar se pronunciou em seu perfil oficial e em entrevistas, defendendo seu direito à vida privada e rebatendo as críticas, as quais classificou como machistas e um “ataque político baseado em violência de gênero”.
Ela afirmou:
- “O corpo de uma mulher incomoda mais do que a corrupção”: Essa frase resume sua visão de que as críticas são reflexo de um machismo estrutural que tenta limitar mulheres em espaços de poder.
- “Fui traída”: Ela expressou ter se sentido violada, pois o vídeo foi vazado de um perfil pessoal com poucos seguidores, no qual confiava. Ela espera que a justiça identifique o responsável pelo vazamento.
- “Não vou deixar de ser a Patrícia que é mãe, a Patrícia que é amiga, a Patrícia que é pessoa, porque antes de estar prefeita eu sou a Patrícia”: Ela enfatizou que seu cargo não anula sua individualidade e seu direito de se divertir.
- Compromisso em combater o machismo: Ela afirmou que usará o episódio para “fazer do limão uma limonada” e combater o machismo exacerbado na sociedade.
- “Mulher pode ser trabalhadora, mãe e bonitinha”: Ela reforçou que ser mulher, gostar de dançar e se divertir não são contraditórios com a seriedade de governar uma cidade.
- Recebimento de apoio: A prefeita mencionou ter recebido apoio de outras mulheres, como deputadas, prefeitas, empresárias e seguidoras, que se solidarizaram com a situação.
Quais os debates sobre o caso?
O incidente envolvendo Patrícia Alencar levanta questões sobre a privacidade de figuras públicas e os desafios que enfrentam ao equilibrar suas vidas pessoais e profissionais. A situação ressalta a necessidade de uma discussão contínua sobre os limites entre o público e o privado, especialmente para mulheres em posições de liderança.
Apesar da repercussão, Patrícia Alencar afirmou que continuará sendo fiel a si mesma, enfatizando que, antes de ser prefeita, é uma pessoa com direito à sua individualidade. Este caso serve como um lembrete de que figuras públicas são, acima de tudo, seres humanos com vidas pessoais que merecem respeito e compreensão.