O deputado federal Zé Trovão, representante do Partido Liberal de Santa Catarina, apresentou recentemente um projeto de lei que visa restringir o uso de cores em uniformes de entidades que representam oficialmente o Brasil. A proposta surge em meio a discussões sobre a adoção de uma camisa vermelha como segundo uniforme da Seleção Brasileira de futebol. O parlamentar defende que a medida é necessária para preservar os símbolos e a identidade nacional.
De acordo com o projeto, a restrição de cores não se aplicaria apenas à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), mas também a todas as entidades e instituições que atuem oficialmente em nome do Brasil, tanto no território nacional quanto no exterior. A proposta determina que apenas as cores verde, amarelo, azul e branco, presentes na bandeira nacional, sejam utilizadas em uniformes de seleções, representações diplomáticas e eventos internacionais.
Como a proposta de Zé Trovão impacta?
Nem nossa bandeira, nem nossos uniformes, nem p* nenhuma do nosso país será vermelha! pic.twitter.com/ywq7DDd1qG
— Zé Trovão Deputado Federal (@TrovaoDas) April 29, 2025
O projeto de lei apresentado por Zé Trovão ainda precisa passar por análise nas comissões da Câmara dos Deputados antes de ser votado em plenário. Até o momento, a CBF não se manifestou oficialmente sobre a proposta, nem confirmou a intenção de lançar uma camisa vermelha como segundo uniforme da Seleção Brasileira. A possível adoção da cor vermelha gerou debates, especialmente entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e parlamentares de direita, que associam a cor à esquerda política.
- No âmbito político:
- A proposta foi vista por muitos como uma tentativa de politizar o esporte, associando a cor vermelha a ideologias de esquerda.
- Gerou debates acalorados entre parlamentares e figuras públicas, com diferentes posicionamentos sobre a questão.
- A proposta gerou forte reação de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que se colocaram contra a mudança de cor da camisa da seleção.
- No âmbito esportivo:
- A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Nike, fabricante dos uniformes da seleção, foram diretamente impactadas pela proposta.
- A possível mudança na cor da camisa gerou discussões entre torcedores e especialistas em futebol, com opiniões divergentes sobre a tradição e o simbolismo das cores da seleção.
- A proposta gerou comentários de diversos jogadores e ex-jogadores da seleção brasileira, como Galvão Bueno, que se colocaram contra a mudança da cor da camisa da seleção.
- No âmbito social:
- A proposta gerou debates sobre identidade nacional, patriotismo e o uso de símbolos nacionais.
- A questão da cor da camisa da seleção se tornou um tema de polarização, refletindo as divisões políticas e ideológicas presentes na sociedade brasileira.
- A proposta gerou comentários de diversos setores da sociedade, incluindo religiosos que associaram a cor vermelha ao “satanismo”.
Por que a camisa vermelha da Seleção está em discussão?
A ideia de uma camisa vermelha para a Seleção Brasileira surgiu como uma homenagem aos 100 anos da conquista do Campeonato Sul-Americano de 1925, quando o Brasil atuou com essa cor. No entanto, a proposta tem gerado controvérsias. Para muitos, a introdução de uma cor que não faz parte da bandeira nacional representa uma mudança significativa na identidade visual da equipe, o que pode ser visto como uma afronta à tradição.
Quais são os argumentos a favor e contra a proposta?

- A favor: Os defensores da proposta argumentam que a manutenção das cores da bandeira nos uniformes oficiais é essencial para preservar a identidade nacional e os símbolos que representam o Brasil no cenário internacional.
- Contra: Por outro lado, críticos da proposta podem argumentar que a introdução de novas cores em uniformes comemorativos não necessariamente compromete a identidade nacional, mas sim celebra momentos históricos importantes.
O debate sobre a proposta de Zé Trovão reflete uma preocupação mais ampla com a preservação dos símbolos nacionais e a forma como eles são representados em eventos internacionais. A decisão final sobre a adoção de novas cores nos uniformes oficiais ainda está por vir, mas certamente continuará a gerar discussões acaloradas entre diferentes grupos políticos e sociais.