Argumento do ex-presidente de que o petista estaria tentando ‘reescrever a história por meio de narrativas ideológicas’ agradou parlamentares do núcleo próximo a Bolsonaro
A resposta do ex-presidente Michel Temer (MDB) por ser chamado de “golpista” por Lula no Uruguai agradou parlamentares. Em visita a Montevidéu, o presidente brasileiro fez referência ao emedebista ao citar que todo o benefício social que os governos petistas fizeram no país foi destruído. Em uma nota enviada à imprensa, Temer disse que o atual chefe do Executivo “parece insistir em manter os pés no palanque e os olhos no retrovisor” e tenta “reescrever a história por meio de narrativas ideológicas”.
“Ao contrário do que ele disse hoje em evento internacional, o país não foi vítima de golpe algum. Foi na verdade aplicada a pena prevista para quem infringe a Constituição”, escreveu Temer em referência à ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que sofreu um impeachment aprovado pelo Congresso Nacional em 2016. Na ocasião, Dilma foi condenada à perda do cargo sob a acusação de ter cometido crimes de responsabilidade fiscal – as chamadas “pedaladas fiscais” no Plano Safra e os decretos que geraram gastos sem autorização do Congresso.
A reação de Temer agradou parlamentares como Bia Kicis (PL-DF), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Osmar Terra (MDB-RS). No Instagram, a deputada federal afirmou: “Enquanto ele mente, a mídia fica silente. Que descaso com o povo brasileiro”, disse.
A reação chegou a aliados próximos de Bolsonaro como o ex-ministro Osmar Terra (MDB-RS). Em post no Twitter, ele parabenizou Michel Temer: “Resposta à altura para a coleção de narrativas fora da realidade, do discurso petista! Parabéns”.
O Globo