A Polícia Civil do Maranhão (PCMA) efetuou a prisão de Jordélia Matos Araújo, de 36 anos, na tarde da última quinta-feira (17/4), enquanto ela viajava em um ônibus intermunicipal na cidade de Santa Inês (MA). Jordélia é apontada como a principal suspeita de ter envenenado um ovo de Páscoa que foi enviado a uma família em Imperatriz. Após consumir o chocolate, uma criança de 7 anos faleceu, enquanto a mãe e a irmã da vítima seguem hospitalizadas. Segundo o secretário de Segurança Pública do estado, Maurício Martins, a possível motivação do crime por envenenamento seria ciúmes e desejo de vingança.
O crime chocou a comunidade local e chamou a atenção das autoridades devido à sua natureza premeditada.
Como o envenenamento foi descoberto?
🚨BRASIL: Suspeita de envenenar ovo de Páscoa que matou menino usou peruca ao comprar chocolate.
— CHOQUEI (@choquei) April 18, 2025
Jordélia Pereira aparece em imagens de uma câmera de segurança com um disfarce. Ela é ex-namorada do atual companheiro da mãe do menino, que também foi envenenada. pic.twitter.com/LJoStxBobQ
O envenenamento foi descoberto após a entrega de um ovo de Páscoa à residência da família, acompanhado de um bilhete que dizia: “Com amor, para Miriam Lira. Feliz Páscoa”. O presente foi entregue por um motoboy na noite de 16 de abril. Após consumirem o doce, a criança de 7 anos faleceu, enquanto sua mãe, Mirian Lira, e sua irmã, Evelyn Fernanda, foram internadas em estado grave.
A investigação inicial apontou para um possível envolvimento de alguém próximo à família. O depoimento do atual companheiro de Mirian, que mencionou sua ex-namorada Jordélia, direcionou as suspeitas para ela. A polícia encontrou evidências que ligam Jordélia ao crime, incluindo imagens de câmeras de segurança que a mostram comprando os chocolates enquanto usava um disfarce.
“Há vários indícios que apontam claramente para que essa mulher tenha sido autora do crime. A polícia vai continuar trabalhando para robustecer esses indícios e apresentá-la ao Judiciário, para responder por esse bárbaro crime”, afirmou Maurício Martins.
O que a investigação apontou?
Durante a investigação, a polícia apreendeu diversos itens que corroboram a suspeita contra Jordélia. Entre os objetos encontrados estavam duas perucas, notas fiscais, cartões, uma tesoura, uma faca de serra e remédios. As câmeras de segurança de uma loja em Imperatriz capturaram imagens de Jordélia comprando os ovos de chocolate, usando óculos e uma peruca escura para não ser reconhecida.
Além disso, a polícia identificou o hotel onde Jordélia se hospedou e a loja onde adquiriu o ovo de Páscoa. Embora a substância venenosa ainda não tenha sido identificada, as evidências são consideradas suficientes para acusá-la formalmente do crime.
Quais são os próximos passos?

A Polícia Civil do Maranhão continua a trabalhar no caso para reunir mais provas e esclarecer todos os detalhes do crime. Um inquérito foi instaurado pela Delegacia de Homicídios de Imperatriz, que está ouvindo testemunhas e analisando as evidências coletadas. O objetivo é fortalecer o caso contra Jordélia e apresentá-la ao Judiciário para que responda por suas ações.
O delegado-geral da Polícia Civil, Manoel Almeida, destacou a importância das entrevistas e da identificação do motoboy que entregou o ovo de Páscoa. A colaboração de testemunhas e a análise das evidências são cruciais para a conclusão do inquérito e a subsequente acusação formal da suspeita.
O caso de envenenamento em Imperatriz gerou comoção e indignação na comunidade local. A tragédia ressaltou a necessidade de vigilância e cautela ao receber presentes de fontes desconhecidas. As autoridades reforçaram a importância de denúncias e da colaboração da população para prevenir crimes semelhantes no futuro.
Enquanto a investigação prossegue, a comunidade aguarda ansiosamente por justiça para a família afetada. O caso serve como um lembrete sombrio dos perigos que podem surgir de relações pessoais conturbadas e da importância de se manter atento a sinais de comportamento suspeito.