No final de 2024, uma transação notável no mundo do automobilismo chamou a atenção: Mark Mateschitz, herdeiro da Red Bull, adquiriu a prestigiosa coleção de carros de Fórmula 1 de Bernie Ecclestone. Avaliada em 646 milhões de dólares, a coleção inclui 69 veículos que marcaram a história da categoria. Ecclestone, conhecido como uma das figuras mais influentes da Fórmula 1, optou por uma venda privada, com o auxílio da empresa de Tom Hartley Jnr., especializada em carros esportivos e de corrida.
Entre os carros adquiridos estão modelos pilotados por campeões mundiais como Michael Schumacher, Nelson Piquet, Mike Hawthorn e Niki Lauda. Esta coleção não apenas representa um valor financeiro significativo, mas também um legado cultural e histórico do automobilismo. Ecclestone iniciou sua coleção nos anos 50, e entre as relíquias está um modelo da Auto Union, precursor da Audi, construído antes da Segunda Guerra Mundial.
Quais são os destaques da coleção de Ecclestone?
A coleção de Ecclestone é composta por veículos que não só participaram de corridas históricas, mas também por aqueles que foram inovadores em suas épocas. Um exemplo é o carro da extinta escuderia Brabham, equipado com um ventilador traseiro, que foi pilotado por Niki Lauda em 1978. Este modelo foi proibido pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) após apenas uma corrida. Além disso, a coleção inclui diversos carros da Ferrari, desde o modelo guiado por Alberto Ascari em 1951 até o utilizado por Schumacher em 2002.

Por que Ecclestone decidiu vender sua coleção?
Bernie Ecclestone, que começou sua carreira como vendedor de carros usados e chegou a tentar ser piloto, sempre teve uma ligação profunda com o automobilismo. No entanto, ao anunciar a venda, ele expressou a necessidade de garantir que os carros tivessem um futuro seguro e acessível ao público. “Eles foram para um bom lar”, afirmou Ecclestone, destacando que os veículos seriam exibidos em um museu, permitindo que mais pessoas apreciassem essas obras de arte raras.
O legado de Bernie Ecclestone na Fórmula 1
Ecclestone é uma figura central na história da Fórmula 1. Ele comprou a equipe Brabham em 1971 e, em 1978, tornou-se diretor-executivo da Associação de Construtores da Fórmula 1. Sob sua liderança, a categoria se transformou em um fenômeno global. Apesar de seu sucesso, Ecclestone também esteve envolvido em controvérsias, incluindo uma acusação de fraude em 2023 e uma prisão em 2022 por posse de arma sem documentação no Brasil.
Hoje, com a venda de sua coleção, Ecclestone parece estar focado em garantir que seu legado permaneça vivo e acessível. A decisão de vender os carros a Mark Mateschitz, que planeja exibi-los ao público, reflete um desejo de compartilhar a história da Fórmula 1 com as futuras gerações.