O deputado federal André Janones, do partido Avante-MG, está no centro de uma investigação por associação criminosa, corrupção passiva e desvio de recursos públicos. O caso ganhou destaque após a assinatura de um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) com a Procuradoria-Geral da República (PGR), no qual Janones se compromete a devolver R$ 131,5 mil aos cofres públicos.
Além da devolução, o parlamentar deve pagar uma multa de R$ 26,3 mil, correspondente a 20% do prejuízo causado. Este acordo tem como objetivo encerrar práticas ilícitas associadas ao esquema investigado e garantir que Janones não cometa novos delitos até o final de seu mandato.
Como funciona o acordo de não persecução penal?

O Acordo de Não Persecução Penal é um mecanismo jurídico que permite a suspensão de uma ação penal em troca de compromissos assumidos pelo acusado. Este tipo de acordo pode simplificar o processo judicial, oferecendo condições mais favoráveis ao réu e ajudando a evitar a sobrecarga do sistema judiciário.
No caso de Janones, o acordo prevê o pagamento de R$ 80 mil em até 30 dias após a homologação, com o restante de R$ 77,8 mil sendo quitado em 12 parcelas subsequentes. Este tipo de resolução é visto como uma forma de garantir a reparação dos danos causados ao erário sem a necessidade de um longo processo judicial.
Como as investigações revelaram o esquema?
As investigações sobre o caso de André Janones ganharam força após a divulgação de um áudio de 2019, no qual o deputado é ouvido negociando com servidores. Na gravação, Janones afirma que recompensaria financeiramente aqueles que o ajudassem a quitar dívidas pessoais, resultantes de uma campanha eleitoral deficitária.
A Polícia Federal identificou Janones como o “eixo central” de uma suposta organização criminosa, observando um crescimento patrimonial anômalo entre 2019 e 2020. Este aumento patrimonial, somado às evidências de negociações ilícitas, levou à intensificação das investigações.
Quais as implicações para o futuro de Janones?
O acordo firmado com a PGR exige que Janones encerre quaisquer práticas ilícitas e se abstenha de novos delitos até o término de seu mandato. Caso contrário, ele poderá enfrentar sanções mais severas, incluindo a retomada da ação penal.
Este caso ressalta a importância de mecanismos de controle e transparência na gestão pública, bem como a necessidade de responsabilização de agentes públicos envolvidos em práticas corruptas. A resolução do caso de Janones poderá servir como um precedente para futuros acordos e investigações similares.
A sociedade desempenha um papel crucial na fiscalização e acompanhamento de casos de corrupção. A transparência das investigações e a divulgação de informações são fundamentais para garantir que os responsáveis sejam devidamente punidos e que práticas ilícitas sejam erradicadas do serviço público.
Nikolas Ferreira, o marmitinha do futuro presidiário, não consegue mais esconder quem ele representa: o crime organizado. Nikolas faz lobby e continua defendendo com unhas e dentes os interesses do tráfico. Sua luta é para que os chefões do PCC e do Comando Vermelho continuem…
— André Janones (@AndreJanonesAdv) March 7, 2025