Ventos de até 103 km/h atingiram a região do Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, nesta quarta-feira (26/2), causando estragos nos carros alegóricos das escolas de samba no Sambódromo do Anhembi. A poucos dias do início dos desfiles de Carnaval, esculturas foram danificadas, com braços arrancados e cabeças desalinhadas. As agremiações afetadas trabalham para consertar os prejuízos o mais rápido possível, a fim de garantir que tudo esteja pronto para a festa.
As rajadas de vento e o granizo causaram estragos em diversas esculturas e estruturas dos carros alegóricos, colocando em risco a apresentação das escolas. A correria para salvar o trabalho de um ano inteiro foi intensa, com integrantes das agremiações trabalhando arduamente para minimizar os danos e garantir que tudo estivesse pronto para o desfile.
Como o vendaval atingiu as escolas de samba?
Entre as escolas mais afetadas, a Gaviões da Fiel enfrentou sérios problemas. Duas esculturas de um dos carros caíram no chão, e o icônico gavião do abre-alas tombou devido à força do vento. A escola, localizada em uma área que recebe diretamente os ventos da Marginal Tietê, sofreu com a intensidade da tempestade. No entanto, os carnavalescos mostraram resiliência e determinação em reparar os danos a tempo do desfile.
Outra escola que enfrentou desafios foi a Dragões da Real. As asas de um serafim, uma das peças mais queridas da escola, foram danificadas. A equipe de carnaval rapidamente iniciou os reparos, mostrando que, apesar do desespero inicial, a reorganização e o trabalho em equipe são fundamentais para superar adversidades.
Como as escolas estão lidando com os danos?
O espírito de superação é evidente entre as escolas de samba. Júlio Poloni, carnavalesco da Gaviões da Fiel, destacou a confiança na equipe e a necessidade de uma logística eficiente para recuperar as peças danificadas. A urgência em consertar os carros alegóricos é uma prioridade, com todos os esforços voltados para garantir que o desfile ocorra conforme planejado.
Márcio Santana, diretor de Carnaval da Dragões da Real, ressaltou a importância de reorganizar e realizar os reparos necessários com antecedência. A tempestade, embora devastadora, proporcionou uma oportunidade para que as escolas demonstrassem sua capacidade de adaptação e resiliência.
Quais os desafios e superação no carnaval?
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Outras escolas também enfrentaram dificuldades. A Mancha Verde viu a cabeça de uma escultura de Carlinhos Brown ser danificada, enquanto a Colorado do Brás teve esculturas de isopor arrancadas. A Acadêmicos do Tucuruvi precisou remover uma peça indígena de seu carro alegórico para evitar que fosse arremessada pela ventania.
Apesar dos desafios, o Carnaval de São Paulo segue como um símbolo de resistência e criatividade. As escolas de samba, com suas equipes dedicadas, trabalham incansavelmente para superar os obstáculos impostos pela natureza. A determinação em manter a tradição e o espetáculo vivo é um testemunho do compromisso e paixão que permeiam o Carnaval paulistano.