“Beirei a morte tentando salvar minha filha.” Com essas palavras, entre lágrimas, Lexa relembrou os momentos angustiosos que viveu após passar 17 dias internada, sendo 4 deles na UTI, devido a um quadro grave de pré-eclâmpsia. A cantora enfrentou um parto prematuro e perdeu sua filha, Sofia, no dia 5 de fevereiro, três dias após o nascimento.
Em entrevista ao Dr. Drauzio Varella no programa Fantástico, Lexa descreveu os sintomas da doença, que afeta muitas mulheres no Brasil: “A cada dia que passava, os sintomas se intensificavam. Comecei a ter uma dor de cabeça incessante, depois uma dor abdominal muito forte. Minha mão não conseguia mais fechar, e meu fígado começou a falhar. Já não havia mais como salvar nem a mim nem a ela”, contou.
Como Lexa relatou a experiência?
Apesar de sentida, Lexa é exemplo de superação, ela se perdoou e tem certeza de que fez que estava ao seu alcance para tentar salvar Sofia.
— Lucas (@LucGS0) February 24, 2025
Agora, ela quer voltar aos palcos e trabalhar: "Eu tô vivendo a minha dor, ela é grande". #Fantástico pic.twitter.com/HMGgBl0637
Durante o encontro com o médico, a artista relembrou os primeiros momentos com Sofia: “Minha filha nasceu com os mesmos problemas que eu estava enfrentando, com os rins comprometidos, o fígado prejudicado e a pressão arterial alterada. Ela era muito pequena, mas linda. Pesava menos de 500 gramas. A primeira vez que a segurei, ela já havia sofrido duas paradas cardíacas”, detalhou.
Lexa também falou sobre os esforços para tentar prolongar a gestação e garantir que a filha estivesse bem: “Os médicos me disseram que, em casos assim, a escolha da medicina é sempre pela mãe. Mas eu falei que iria até meu limite, se fosse possível. Cheguei a beirar a morte tentando salvar minha filha”, desabafou.
Ricardo Vianna, companheiro de Lexa, compartilhou a dor de vê-las sofrer no hospital: “O que mais me dói como marido e pai é não poder fazer nada. Ver minha filha intubada e minha mulher, que não podia estar ao meu lado durante aquele momento, é algo impossível de descrever”, relatou.
Lexa ainda revelou que a gravidez foi algo muito desejado e planejado: “Foi um sonho muito calculado, muito desejado e pensado. Não foi uma surpresa, nem algo inesperado… Eu queria muito ser mãe”, concluiu.
Quais são os riscos associados à pré-eclâmpsia?
A pré-eclâmpsia, se não tratada, pode evoluir para eclâmpsia, uma condição mais grave que pode causar convulsões e até ser fatal. Além disso, a pré-eclâmpsia pode levar a complicações como descolamento prematuro da placenta, restrição do crescimento fetal e parto prematuro. O tratamento geralmente envolve a indução do parto, especialmente se a condição se desenvolver perto do final da gravidez.
Para a mãe, os riscos incluem danos a órgãos vitais como fígado e rins, e problemas cardiovasculares a longo prazo. Para o bebê, a pré-eclâmpsia pode resultar em baixo peso ao nascer e complicações associadas ao nascimento prematuro.
Como a pré-eclâmpsia é diagnosticada e tratada?

O diagnóstico da pré-eclâmpsia é feito através de exames de pressão arterial e testes de urina para detectar proteínas. Em alguns casos, exames de sangue podem ser realizados para avaliar a função hepática e renal. O monitoramento regular durante o pré-natal é crucial para a detecção precoce e manejo adequado da condição.
O tratamento da pré-eclâmpsia depende da gravidade da condição e da idade gestacional do bebê. Em casos leves, o repouso e a monitorização podem ser suficientes. No entanto, em casos mais graves, pode ser necessário hospitalização e medicamentos para controlar a pressão arterial. O parto é frequentemente a única solução definitiva, e a decisão sobre quando induzir o parto depende de uma avaliação cuidadosa dos riscos para a mãe e o bebê.
Como prevenir a pré-eclâmpsia?
Embora não haja uma maneira garantida de prevenir a pré-eclâmpsia, algumas medidas podem reduzir o risco. Manter um estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada e exercícios regulares, é essencial. Além disso, o acompanhamento pré-natal regular permite a detecção precoce de sinais de alerta.
Para mulheres com histórico de pré-eclâmpsia ou fatores de risco conhecidos, como hipertensão crônica ou obesidade, os médicos podem recomendar o uso de aspirina em baixas doses ou suplementos de cálcio. No entanto, essas medidas devem ser discutidas com um profissional de saúde.
A pré-eclâmpsia não afeta apenas a saúde física, mas também pode ter um impacto emocional significativo. A ansiedade e o estresse associados ao diagnóstico e ao tratamento podem ser desafiadores para as gestantes e suas famílias. O apoio emocional e psicológico é uma parte importante do tratamento, ajudando as mulheres a lidar com as incertezas e preocupações durante a gravidez.