Em um caso que abalou as estruturas de muitas famílias e comunidades no Brasil, a história de um envenenamento por bolo no Rio Grande do Sul continua a provocar perplexidade e questionamentos. Deise Moura dos Anjos, uma mulher de 39 anos, foi encontrada morta em sua cela na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba nesta quinta-feira (13/2). Ela era a principal suspeita de envenenar e causar a morte de três de seus familiares no Natal do mesmo ano.
Este caso trouxe à tona questões sobre relações familiares tumultuadas. De acordo com investigações preliminares, Deise usou arsênio para contaminar a farinha utilizada na confecção de um bolo, distribuído durante uma reunião familiar. Este ato resultou na morte de suas duas tias e de uma prima, e mais três pessoas tiveram que ser hospitalizadas.
Como o crime foi motivado?
Um dos aspectos mais intrigantes desta ocorrência é a suposta motivação da mulher. Fontes policiais indicam que tensões entre Deise e sua sogra, Zeli Teresinha da Silva dos Anjos, eram persistentes há mais de duas décadas. Suspeita-se que essa antiga rixa pudesse ter sido a faísca por trás do ato violento. Contudo, detalhes específicos sobre este conflito não foram divulgados pela polícia.
Reforçando as suspeitas, exames periciais corroboraram a presença de arsênio nos corpos das vítimas e na farinha utilizada no bolo. As autoridades consideraram as evidências contra Deise “robustas”, apontando-a como a principal responsável pelo crime. Antes desse acontecimento, Deise já havia sido alvo de investigações relacionadas à morte de seu sogro, Paulo Luiz dos Anjos, levantando suspeitas sobre um possível padrão de comportamento.
Quem era Deise Moura dos Anjos?
Apesar das acusações, as redes sociais de Deise mostravam uma vida aparentemente normal e dedicada à família. Nas plataformas, ela compartilhava momentos de ternura com seu filho de 10 anos e se apresentava como admiradora de futebol, especialmente do Grêmio. Ainda trabalhava na área contábil, buscando manter uma imagem positiva.
No entanto, relatos de familiares deram uma visão diferente sobre sua personalidade. A sogra descrevia Deise como uma pessoa manipuladora e ciumenta, enquanto o ex-marido mencionou uma relação marcada por instabilidades. Essas tensões provavelmente contribuíram para o ambiente tumultuado que cercava as interações familiares.
Quais os mistérios sobre a morte da mulher?
A morte prematura de Deise enquanto estava sob custódia trouxe novos desdobramentos para o caso controverso. As circunstâncias de sua morte estão sob investigação pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias, uma vez que ela foi encontrada sem sinais vitais durante um check-up rotineiro na cela.
Embora o desfecho para Deise tenha sido trágico, as questões sobre suas motivações e ações persistem, adensando o mistério do “bolo envenenado” e deixando uma marca profunda nas investigações criminais brasileiras.
O caso de Deise Moura dos Anjos é emblemático de questões mais amplas relacionadas a dinâmicas familiares e crimes premeditados. A repercussão nacional que o caso recebeu reflete não apenas a natureza chocante do crime, mas também a preocupação pública com a segurança dentro dos lares e a confiabilidade das relações familiares.
Enquanto as autoridades continuam a investigar as circunstâncias do crime e da morte de Deise, o público permanece vigilante e interessado em entender como tais tragédias podem ser prevenidas no futuro.
