Um asteroide com dimensões semelhantes às de um ônibus escolar chamou a atenção da comunidade científica nesta terça-feira (28/1), ao passar próximo à Terra a uma velocidade impressionante de 56.000 quilômetros por hora, cerca de dez vezes mais rápida que a velocidade de uma bala.
Denominado 2025 BS4, o objeto celeste deve passar a uma distância de 511.000 milhas do nosso planeta, o equivalente ao dobro da distância média entre a Terra e a Lua, que é de 238.900 milhas. Apesar dessa distância significativa, o 2025 BS4 é classificado como um Objeto Próximo da Terra (NEO, na sigla em inglês), devido à sua relativa proximidade.
Como pode ser o impacto do asteroide?
アポロ型地球近傍 #小惑星 2025 BS4 が2025年1月28日13時36分頃(JST)に地心から約81万km(月までの距離の約2.1倍)を通過します.この小惑星は1月23日(JST)に米国,アリゾナのKitt Peak-Bokで発見されたもので推定直径は5-12mです. https://t.co/sH1p9Rogmvhttps://t.co/Ac87HUrmHZ pic.twitter.com/I6DALM77X2
— Atsuo ASAMI 浅見敦夫 (@AsamiAtsuo) January 27, 2025
De acordo com o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA (JPL), os NEOs são asteroides ou cometas que orbitam o Sol, mas podem chegar a menos de 30 milhões de milhas da órbita terrestre. Com cerca de 7 metros de diâmetro, o 2025 BS4 é ligeiramente menor do que um ônibus escolar americano médio, que mede entre 10 e 12 metros, e tem uma massa comparável à de uma baleia azul, ultrapassando 440.000 kg.
Asteroides pequenos que se aproximam da Terra, como o recente 2025 BS4, lembram-nos do poder destrutivo que esses objetos celestes podem ter caso colidam com o planeta. Embora o 2025 BS4 fosse menor que um ônibus escolar, com cerca de 7 metros de diâmetro, seu impacto causaria danos significativos. A energia gerada por sua colisão seria equivalente a milhares de toneladas de TNT.
Os chamados Asteroides Potencialmente Perigosos (PHAs) são monitorados de perto, pois são grandes o suficiente para causar amplos danos. Um impacto direto de um PHA poderia resultar em sérias consequências para regiões densamente povoadas, destacando a necessidade de planos de defesa planetária para mitigar tais ameaças.
Como a NASA monitora e responde a NEOs?
A NASA, através de seu Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS), lidera esforços para monitorar e prever as trajetórias desses corpos celestes. Usando o sistema Sentry, cientistas verificam continuamente a probabilidade de impactos futuros com precisão considerável.
Por meio de iniciativas como a Missão DART (Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo), a agência tem ensaiado técnicas para desviar asteroides em potencial rota de colisão com a Terra. A missão, que alterou com sucesso a trajetória do asteroide Dimorphos, oferece esperanças sobre futuras estratégias de defesa planetária eficazes.
O que está sendo feito para proteger a Terra?
Para proteger a Terra de impactos catastróficos, além do monitoramento constante, a NASA está desenvolvendo várias estratégias de defesa. Uma das abordagens mais promissoras é a técnica do impactador cinético, evidenciada pelo sucesso da missão DART. Este método tem como objetivo alterar a trajetória de um asteroide de modo seguro, aumentando a segurança global.
Esperam-se avanços significativos com o retorno da missão Hera, da Agência Espacial Europeia, que fornecerá dados essenciais sobre o impacto da missão DART em 2026. Enquanto aguardam por mais informações, cientistas do mundo todo permanecem atentos, mapeando as órbitas dos NEOs para aprimorar suas previsões e garantir a proteção do planeta.
A vigilância contínua dos Objetos Próximos da Terra é crucial não apenas para a segurança imediata, mas também para expandir nosso entendimento do cosmos e desenvolver tecnologias de defesa espacial. A colaboração internacional entre agências como a NASA e a ESA demonstra a importância de esforços conjuntos para enfrentar desafios globais relativos ao espaço.