O assassinato de Adriano Bachega, jornalista brasileiro de 53 anos, no México, trouxe atenção para as perigosas condições enfrentadas por comunicadores em muitas partes do mundo. Bachega, natural de Araucária, na região metropolitana de Curitiba, havia se mudado para o México há cerca de duas décadas, onde estabeleceu seu próprio portal de notícias. Na última terça-feira (3/12), ele foi morto a tiros em uma avenida movimentada entre Monterrey e San Pedro Garza García, no norte do país.
O crime aconteceu enquanto ele dirigia seu carro, sendo atingido por dez tiros. Mesmo ferido, o veículo de Bachega continuou em movimento até colidir com o canteiro central da avenida. A polícia mexicana está conduzindo investigações para identificar os responsáveis e esclarecer as motivações deste assassinato. No entanto, segundo o irmão de Adriano, Weslen Bachega, a família tem enfrentado dificuldades para obter informações concretas sobre o caso devido à falta de comunicação das autoridades locais.
Como está a investigação da morte do jornalista?
As investigações sobre o assassinato de Adriano Bachega continuam em andamento. De acordo com o portal mexicano ABC Notícias, a polícia ainda está apurando as circunstâncias e responsáveis pelo crime. Um ponto crítico da investigação é a opacidade das informações fornecidas à família de Bachega, que permanece sem clareza sobre os avanços das investigações.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, através do Itamaraty, afirmou estar acompanhando o caso de perto e está disponível para prestar assistência consular à família. Contudo, devido ao direito à privacidade e restrições legais, o ministério limitou-se a confirmar o envolvimento nas investigações sem fornecer detalhes adicionais.
Quem era Adriano Bachega?
Adriano Bachega era mais do que apenas um jornalista. Ele era o editor-chefe de um portal de notícias chamado Diário Digital Online, e sua carreira envolvia múltiplas facetas. Além de seu trabalho no jornalismo, Bachega também era palestrante e consultor em áreas como negócios, publicidade e controle de gestão. Sua trajetória profissional no Brasil inclui passagens por empresas como a Odebrecht e participação voluntária em instituições como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).
Adriano deixa uma família enlutada composta por pais, um irmão, esposa e três filhos. Seu corpo será sepultado no México, país que o acolheu por muitos anos e onde ele construiu parte significativa de sua vida profissional.
Quais os próximos passos?
Dado o atual estágio das investigações, é essencial que haja colaboração entre as autoridades mexicanas e brasileiras para que se chegue a uma resolução clara e justa para o caso. O trágico incidente ressalta a importância de garantir a segurança de jornalistas que atuam em regiões de risco.
Com a comunidade internacional de olho, é vital que as investigações sejam realizadas de maneira transparente e efetiva, não apenas para trazer justiça à família de Adriano Bachega, mas também para combater a impunidade em casos de violência contra jornalistas.