Justiça acatou pedido para tornar Silvinei Vasques réu por improbidade administrativa, mas adiou a decisão de afastar o diretor-geral da PRF
O Ministério Público Federal (MPF) recorreu ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) para afastar imediatamente Silvinei Vasques do cargo de diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Nesta sexta-feira (25/11), a Justiça tornou réu o chefe da corporação por improbidade administrativa por pedir votos para o então candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). A ação movida pelo MPF.
Na decisão, o juiz José Arthur Diniz Borges deu prazo de 30 dias para que Silvinei se manifeste. O magistrado não decidiu sobre o afastamento pelo período de 90 dias porque o diretor está de férias até o início de dezembro.
O MPF argumentou que as competências do cargo extrapolam o ambiente físico de trabalho.”O diretor-geral não deixa de ser diretor-geral porque está em férias; não deixa de ter ascendência sobre seus comandados, especialmente numa organização policial fardada; não deixa de ter o poder de causar temor reverencial”, diz o documento.
“Deve-se estar atento, ainda, que no patamar tecnológico em que nos encontramos, as relações de poder desenvolvem-se não apenas nos espaços físicos de convivência, mas também, quiçá com mais vigor, nos ambientes digitais das redes sociais e privadas.”