Recentemente, uma denúncia contundente foi apresentada contra o presidente da Câmara dos Deputados, abordando acusações de agressões físicas e psicológicas. A petição, elaborada pela advogada Talitha Camargo da Fonseca, menciona ainda ameaças de morte, controle financeiro e psicológico, além de alegada interferência em processos judiciais. Jullyene, a ex-mulher do deputado, afirma ter sofrido retaliações após decidir denunciar os supostos crimes.
Embora procurada para comentários, a assessoria do deputado preferiu não se manifestar oficialmente sobre as acusações. Fontes afirmam que o deputado acredita que as acusações ressurgem em períodos eleitorais. Vale lembrar que em 2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) absolveu Lira dessas acusações, mencionando a ausência de provas e a prescrição dos crimes devido à demora na apresentação da denúncia.
Ação na Comissão Interamericana de Direitos Humanos
A petição recente foi submetida à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, visando não apenas o deputado, mas também o Estado brasileiro. A advogada solicita que as autoridades tomem medidas concretas para proteger a suposta vítima e implementar mecanismos que fortaleçam a proteção de mulheres em situação de violência. O pedido inclui uma indenização de R$ 1 milhão, alegando que o Estado teria “invisibilizado” a situação vivida pela ex-companheira de Lira.
Dentro da Denúncia: Ameaças, Intimidação e Políticas de Proteção
Segundo o documento de mais de 140 páginas, o deputado teria utilizado sua influência política para intimidar e silenciar a vítima, bem como para obstruir seu acesso à Justiça. As agressões teriam ocorrido ao longo de um período prolongado, resultando em sequelas emocionais significativas em Jullyene. Laudos médicos e depoimentos de testemunhas são apresentados como suporte às alegações.
O que o Estado tem feito para coibir
A petição aponta falhas do Estado em garantir a segurança da ex-companheira do deputado. Segundo a advogada, o Ministério de Direitos Humanos não incluiu Jullyene em programas de proteção à testemunha, apesar de seu envolvimento em investigações como as Operações Taturana e Lava-Jato, onde auxiliou no combate à corrupção no Brasil. O Ministério Público do estado de Alagoas, conforme a denúncia, teria se recusado a protegê-la dentro do estado.