Nos últimos anos, a presença do estepe nos veículos vendidos no Brasil tem gerado discussões, principalmente devido a algumas variações observadas em modelos novos. A legislação brasileira trata da inclusão de um conjunto de roda e pneu sobressalente ou de sistemas alternativos que garantam a segurança dos ocupantes em caso de emergência.
Muitas montadoras optam por incluir um pneu de uso temporário com limitações de velocidade ou até mesmo substituem o estepe por kits de reparo emergencial. A razão para essa flexibilidade está na Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) nº 540/2015, que define os requisitos mínimos para esses dispositivos. Conheça também a lista com os 10 carros mais econômicos para 2025.
O que diz a legislação sobre o uso de estepe temporário?
De acordo com a resolução citada, os veículos devem estar equipados com um conjunto de roda e pneu sobressalente de uso temporário, que não necessariamente precisa ter as mesmas dimensões dos demais pneus do veículo. O requisitos exigido é que o diâmetro externo seja compatível com o conjunto original do carro. Esta medida visa manter a segurança e a dirigibilidade do veículo, mesmo que o pneu sobressalente seja usado somente em situações emergenciais.
Além disso, a legislação permite o uso de soluções alternativas, como os pneus run flat e kits de reparo emergencial. Essas opções, embora diferentes do estepe tradicional, precisam cumprir adequadamente seu propósito, assegurando a mobilidade do veículo até que um reparo definitivo possa ser realizado.
Quais são as alternativas para o estepe convencional?
Os pneus run flat surgem como uma opção eficaz, pois possuem a tecnologia necessária para vedar furos superficiais automaticamente, permitindo que o veículo continue rodando após um furo. Isso elimina a necessidade de troca imediata do pneu, reduzindo o tempo em que o motorista fica parado na estrada.
Em contrapartida, os kits de reparo emergencial são frequentemente fornecidos com um selante e um dispositivo capaz de inflar o pneu em até dez minutos. Estes kits se enquadram sob a categoria de “sistemas alternativos”, oferecendo uma solução prática e compacta para situações de emergência.
Onde o estepe deve ser alocado?
A localização do estepe no veículo é uma decisão que cabe aos fabricantes, mas precisa seguir diretrizes estabelecidas pelo Contran para não comprometer a segurança e a comodidade dos ocupantes. O artigo 4º da resolução menciona que o estepe, quando presente, deve ser acomodado de modo a não interferir na lotação de passageiros e na segurança do veículo.
Assim, é comum observar o estepe dentro do porta-malas ou em suportes externos na traseira do veículo, particularmente em modelos como SUVs e utilitários. Essa flexibilidade ajuda a otimizar o espaço interno dos veículos, dependendo do design e das preferências dos consumidores.
Questões de segurança e regulamentações adicionais
A segurança ocupa sempre um lugar central nas regulamentações automobilísticas. Portanto, quaisquer alternativas ao estepe tradicional precisam ser rigorosamente avaliadas e aprovadas pelas entidades competentes, assegurando que, sejam quais forem as opções escolhidas, a integridade dos passageiros nunca seja comprometida.
É igualmente importante que os motoristas estejam informados e preparados para usar corretamente o equipamento de reparo ou o estepe temporário, além de compreender as limitações de cada sistema para garantir uma viagem segura e sem contratempos.