Em uma decisão recente, o governo cubano anunciou a redução mensal da quantidade de carne de frango fornecida aos residentes de Santiago de Cuba. Anteriormente, os cidadãos recebiam 455 gramas, mas essa quantidade foi reduzida para 345 gramas. A mudança surge em um contexto de escassez alimentar que a província enfrenta há meses.
A medida não se aplica à capital da província, também chamada Santiago de Cuba, mas afeta todas as outras cidades da região. A distribuição começou na terça-feira, 15 de agosto, e provocou reações mistas, incluindo manifestações populares. Em algumas áreas, foi necessária a intervenção policial para garantir a segurança durante a entrega do frango.
Por que o Governo de Cuba Está Reduzindo a Distribuição de Alimentos?
A escassez de alimentos em Cuba vem se agravando, com relatos de que, por quase seis meses, os moradores não receberam nenhum suprimento de carne. A situação obrigou o governo a adotar medidas rigorosas de distribuição. Embora tenha sido assegurado que ainda haverá carnes para toda a população, o acesso é limitado e controlado.
Além da distribuição regular, o governo anunciou que está disponível uma quantidade extra de dois quilos para gestantes, pessoas com dietas especiais, e crianças com doenças crônicas. No entanto, muitos cidadãos permanecem insatisfeitos, reclamando não apenas da quantidade insuficiente, mas também da dificuldade de aquisição de outros bens essenciais, como arroz, gás e carvão.
Qual é a Reação dos Moradores de Santiago de Cuba?
Moradores de Santiago de Cuba expressaram indignação com a situação. Relatos indicam que produtos como arroz são vendidos por até 200 pesos cubanos por meio quilo, enquanto o carvão pode custar entre 500 e 700 pesos. Considerando o baixo poder aquisitivo dos cidadãos, esses preços tornam-se impraticáveis.
Além disso, a escassez de recursos, como gás e carvão, dificulta o preparo dos alimentos, ampliando o sentimento de frustração entre a população local. As autoridades afirmaram que continuarão tentando atender às necessidades básicas apesar dos desafios impostos pelo contexto econômico atual.
A perspectiva para os próximos meses ainda é incerta. Enquanto o governo assegura que trabalha para melhorar a oferta de alimentos, a população permanece cética. A adequação da política de distribuição de alimentos será crucial para aliviar as tensões sociais e assegurar que as necessidades básicas dos cidadãos sejam atendidas.