Assembleia-Geral das Nações Unidas discute condenar anexação de territórios ucranianos por Moscou; votação deve acontecer nesta quarta-feira (12)
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Tony Blinken, e a subsecretária de Estado para Assuntos Políticos, Toria Nuland, se reuniram com o corpo diplomático de DC — representando mais de 100 países — em reuniões virtuais nesta terça-feira (11) para instá-los a apoiar uma resolução da ONU condenando a anexação de territórios ucranianos pela Rússia.
Este é o mais recente esforço do governo Joe Biden para manter a continuidade global do apoio à Ucrânia.
“Trata-se de dizer coletivamente não a uma violação direta da Carta da ONU, dizer não a uma tentativa de roubar terras para a força de ameaça e roubar terras através do uso da força”, disse o porta-voz do Departamento de Estado Ned Price.
O que saber sobre a resolução: A votação deve ocorrer em uma reunião de emergência da Assembleia-Geral da ONU nos próximos dias. Chega em um momento crítico da guerra, com a Rússia aumentando seus ataques e a Europa entrando em um inverno durante o qual uma crise de energia ameaça testar o apoio à Ucrânia.
Funcionários do governo Biden estão de olho em obter 100 votos a favor da resolução, disse um funcionário do governo.
Mas no início deste ano, a Assembleia-Geral das Nações Unidas votou esmagadoramente para condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia e a votação foi de 141 nações a favor da medida e cinco nações contra, com 35 abstenções. Se houver menos apoiadores nesta votação, pode ser motivo de preocupação, reconheceram alguns diplomatas.
A resolução precisará de votos sim de dois terços dos países participantes para ser aprovada, disseram autoridades dos EUA.
Embora se espere que a Rússia se oponha à resolução, os EUA estarão atentos a quais outros países também se opõem. E há alguns possíveis detratores que os EUA estão observando de perto, especificamente a Índia. A Índia se absteve de uma votação do Conselho de Segurança da ONU sobre o mesmo tema na semana passada.