O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), candidato a reeleição, manifestou neste domingo, 9, a intenção de manter o ministro da Economia, Paulo Guedes, no cargo, se conseguir a reeleição na corrida ao Palácio do Planalto contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“No que depender de mim, todos ficam”, disse o chefe do Executivo ao responder se Guedes seguirá no cargo em caso de segundo mandato durante podcast do canal Pilhado, no Youtube.
Bolsonaro aproveitou para elogiar também em sua resposta o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, e o ex-secretário da Pesca Jorge Seif (PL), eleito senador por Santa Catarina. “Os pescadores são apaixonados por ele.”
Ao apresentar promessas à população mais pobre em um novo mandato, Bolsonaro disse que pode garantir a construção de um milhão de casas populares, além da redução dos preços de alimentos e a manutenção em definitivo dos pagamentos de R$ 600 do Auxílio Brasil. “Com a economia indo bem, poso garantir um milhão de casas populares a partir do ano que vem, posso garantir produtos mais baratos, como o ovo”, assegurou.
O presidente, além de prometer mais investimentos em creches e foco na alfabetização de crianças, disse que haverá mais recursos para obras de infraestrutura uma vez ajustada a economia. Ele ainda acusou o ex-presidente Lula, seu adversário no segundo turno, de ter a intenção de taxar as transações financeiras instantâneas do Pix.
STF
Bolsonaro também que tem certeza que, após as eleições, conversará melhor com o Supremo Tribunal Federal. Segundo ele, em seu governo não haverá censura para nada.
“Vamos botar um ponto final nessa censura que vem por parte de um ministro apenas”, disse Bolsonaro. “Um ministro apenas é apaixonado por censurar todo mundo por aí.”
Orçamento Secreto
O presidente ainda indicou neste domingo que o Congresso não irá querer acabar com o Orçamento Secreto. “Tu acha que o parlamento vai acabar com isso?”, disse.
O chamado “Orçamento Secreto” se refere às emendas de relator, usadas para direcionar recursos por parlamentares, que não se identificam, para suas bases e estados.
Bolsonaro voltou a afirmar que vetou a proposta e tentou se desvencilhar da prática, que surgiu em 2020. “Eu não tenho nada a ver com isso. Quando o dinheiro sai daqui e entra no Estado, quem fiscaliza é o Tribunal de Contas do Estado, não é o Tribunal de Contas da União”, disse.
O presidente afirmou ainda que falta coragem para a imprensa pedir os nomes dos parlamentares que encaminharam os recursos.
O tema, no entanto, está em análise no STF, que já determinou que seja dada publicidade aos responsáveis pelas emendas.
Créditos: Correio Braziliense.