O acúmulo de gordura nas células hepáticas, conhecido no meio médico como esteatose hepática, está se tornando uma preocupação crescente de saúde pública no Brasil. Este fenômeno pode levar à inflamação crônica do fígado, com riscos significativos de evoluir para condições mais graves, como cirrose e câncer hepático.
A prevalência dessa condição é alarmante: estima-se que um quarto da população brasileira tenha alguma forma de gordura no fígado, com uma parcela desses casos correndo sério risco de complicações. No entanto, muitos dos afetados não estão cientes de sua condição, o que complica as estratégias de combate à doença.
Como é Feito o Diagnóstico da Gordura no Fígado?
Segundo especialistas, o diagnóstico precoce é crucial para prevenir as sequelas da esteatose hepática. O Dr. Marcos Pontes, da Clínica Evoluccy em Brasília, destaca a dificuldade em identificar a doença nas fases iniciais, já que muitos pacientes não apresentam sintomas claros e específicos.
O que Provoca o Acúmulo de Gordura no Fígado?
Fatores como sedentarismo, obesidad e, uso de álcool e até características hormonais, como o aumento na produção de estrogênio, podem contribuir significativamente para o desenvolvimento da esteatose hepática. Curiosamente, a condição também pode ser vista em indivíduos magros ou que não consomem álcool, mostrando a complexidade e a diversidade do problema.
Quais são os Sinais de Alerta?
- Dores abdominais na região superior direita, onde se localiza o fígado;
- Sentimento constante de cansaço e fraqueza;
- Redução do apetite;
- Aumento visível do volume do fígado;
- Inchaço abdominal;
- Dores de cabeça frequentes;
- Dificuldades para perder peso.
Diante desses sintomas, é fundamental buscar orientação médica para realizar exames de imagem, como ultrassom de abdômen, e análises que quantifiquem enzimas hepáticas e ferritina no sangue.
Estratégias de Tratamento
Quando identificada precocemente, a esteatose hepática pode ser gerenciada e até revertida com mudanças significativas no estilo de vida. A inclusão de uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios são os pilares para o tratamento. Raramente, há necessidade de intervenção médica através de medicamentos.