Foto: Reprodução/Sergio Lima/AFP.
O Brasil inteiro foi pego de surpresa na última quinta-feira quando veio à tona a notícia do indiciamento de Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, pela venda de joias e outros objetos valiosos que pertenciam ao acervo presidencial.
O incidente, que inicialmente foi divulgado pela imprensa na quinta-feira, dia 4 de julho de 2024, despertou a fúria por parte do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo relatos, o ministro só teria tido conhecimento do indiciamento através dos mídia, sem receber qualquer comunicação oficial prévia por parte da Polícia Federal.
De acordo com informações que circularam, a causa principal da irritação de Alexandre de Moraes seria um erro técnico no envio do relatório do inquérito. O documento, que deveria chegar ao STF tanto em meio físico quanto digital, enfrentou problemas com o envio por e-mail devido ao tamanho do arquivo. Esse imprevisto teria impedido que o ministro fosse notificado apropriadamente antes que a notícia fosse veiculada pela imprensa.
Na sequência dos eventos, após a descoberta do erro de envio, a Polícia Federal agilizou o processo de entrega do relatório físico, que foi protocolado no STF normat na manhã de sexta-feira, dia 5 de julho de 2024. Um novo e-mail, desta vez sem falhas técnicas, foi enviado e devidamente recebido pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
Relembre o caso
O caso das joias envolve a apreensão, em outubro de 2021, pela Receita Federal, de um conjunto de joias avaliadas em cerca de 16,5 milhões de reais. As joias foram trazidas ao Brasil por uma comitiva do governo brasileiro, que retornava de uma viagem oficial à Arábia Saudita. Elas não foram declaradas às autoridades aduaneiras, o que configurou uma tentativa de contrabando.
As joias eram destinadas à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, e incluem um colar, um par de brincos, um relógio e um anel, todos da marca suíça Chopard. O ex-presidente Jair Bolsonaro disse desconhecer sobre o incidente e afirmou que as joias eram um presente oficial do governo saudita ao Brasil.