Divulgação/Prefeitura de Cajama
O Comando do Exército cancelou ou suspendeu mais de 65 mil registros de CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) desde 2019. Entre janeiro daquele ano e abril de 2024, foram cancelados 60.438 certificados e suspensos 5.572 registros.
Segundo dados da Fiquem Sabendo, 40,7% dos cancelamentos ocorreram nos 16 meses de governo Lula (PT), totalizando 24.602 registros. No entanto, a maior parte dos cancelamentos aconteceu durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), que incentivou o armamento da população.
No caso das suspensões, 83,1% ocorreram sob o atual governo. O Exército não detalhou os motivos específicos para os cancelamentos e suspensões.
Em maio, o TCU (Tribunal de Contas da União) analisou o controle de armas e munições a cargo do Exército Brasileiro, no período de 2019 a 2022, e constatou que o sistema da força tem fragilidades. “Uma parcela reduzida das pessoas físicas que possuem registro de caçador junto ao Exército obtiveram autorização junto ao Ibama para a efetiva realização da atividade, indicando desvio de finalidade”, diz o TCU.
“A auditoria constatou que o Exército não verifica a habitualidade dos atiradores quando da renovação do documento que autoriza o manejo de arma de fogo (certificado de registro) nem a veracidade das informações de habitualidade durante as fiscalizações de entidades de tiro” – TCU