Um estudo recente conduzido por pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco, nos EUA, revelou uma possível ligação entre depressão e temperatura corporal. Analisando dados de 20.880 indivíduos coletados ao longo de sete meses, os cientistas observaram que pessoas com depressão tendem a apresentar temperaturas corporais mais elevadas.
No entanto, é importante ressaltar que os resultados não estabelecem uma relação causal direta entre temperatura corporal elevada e depressão. Em vez disso, sugerem que existe uma conexão que merece investigação mais aprofundada.
Os pesquisadores apontam diversas hipóteses para essa associação. Pode ser que a depressão esteja relacionada a processos metabólicos que geram calor adicional no corpo. Além disso, fatores como estresse mental ou inflamação podem afetar tanto a temperatura corporal quanto os sintomas depressivos de forma independente.
Estudos futuros serão necessários para compreender melhor essa relação. Por enquanto, sabemos que a depressão é uma condição complexa, com múltiplos gatilhos possíveis, e a temperatura corporal pode desempenhar um papel relevante nesse contexto.
Pesquisas anteriores também indicaram que banheiras de hidromassagem e saunas podem aliviar os sintomas da depressão, embora em grupos de amostras reduzidos. A transpiração resultante dessas práticas pode estar relacionada ao efeito mental observado.
Os dados do estudo mostraram que, à medida que os sintomas depressivos se agravam, as médias de temperatura corporal aumentam. Além disso, houve uma associação entre pontuações mais altas de depressão e flutuações diárias de temperatura, embora não estatisticamente significativa.
Os sintomas da depressão incluem tristeza, irritação, sensação de vazio, perda de interesse em atividades, culpa excessiva, desesperança, pensamentos suicidas, distúrbios do sono, alterações no apetite e fadiga.
Vale ressaltar que a depressão pode afetar qualquer pessoa. Indivíduos que enfrentaram abusos, perdas significativas ou outros eventos estressantes têm maior probabilidade de desenvolver essa condição. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as mulheres são mais suscetíveis à depressão do que os homens.