Nesta quarta-feira (29), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez uma declaração relevante sobre a dinâmica política no Congresso Nacional. Ele destacou a presença considerável da oposição e abordou a recente derrubada de um veto presidencial.
Pacheco foi questionado por jornalistas sobre o enfraquecimento do Governo Federal no Congresso após a votação que reverteu o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à restrição da saída temporária de presos em feriados, conhecida como “saidinha”. O presidente do Senado observou que alguns vetos foram mantidos por acordo, enquanto outros foram derrubados. Essa dinâmica, segundo ele, naturalmente demonstra a força da oposição no cenário legislativo.
No entanto, Pacheco ressaltou que avaliar a força do governo com base em uma única votação não é suficiente. Ele enfatizou que a política é complexa e que a maioria ocasional da oposição não necessariamente indica um enfraquecimento do governo como um todo.
A derrubada do veto presidencial em relação às “saidinhas” foi uma derrota para o governo Lula, que havia buscado manter a restrição. Atualmente, a saída temporária é concedida pela Justiça como parte do processo de ressocialização dos presos e para manter seus vínculos com o mundo exterior.
Além disso, o governo enfrentou outra derrota significativa: a manutenção de um veto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Esse veto impede a punição por atos de “comunicação enganosa em massa”. O dispositivo faz parte do projeto que revogou a Lei de Segurança Nacional, criada durante o regime militar em 1983. A proposta original previa a tipificação de crimes relacionados à disseminação de fake news, com pena de até cinco anos de reclusão.
Ao justificar o veto, Bolsonaro argumentou que o dispositivo não deixava claro quem seria punido, se o autor da informação ou quem a compartilhou, e que isso contrariava o interesse público.