Filipe Martins, ex-assessor para assuntos internacionais de Jair Bolsonaro (PL), tem uma nova estratégia para se deslocar do caso investigado de um suposto plano de golpe de Estado e sair da prisão.
Martins e sua defesa reuniram dezenas de anexos de viagem de Uber que mostrariam que o ex-assessor fez corridas com motoristas em Brasília no dia 30 de dezembro de 2022 e também na véspera do Ano Novo, quando Bolsonaro já havia embarcado para os Estados Unidos.
A CNN teve acesso aos anexos de viagens em nome de Martins. Segundo o jornal, em uma delas, ele vai a uma hamburgueria no centro de Brasília, em 30 de dezembro. No dia seguinte, há viagem para o aeroporto de Brasília, e onde teria pego voo para Curitiba, cidade para onde se mudou após sair do governo federal.
A defesa também reuniu viagens na capital paranaense, como a chegada ao aeroporto Afonso Pena e a circulação pela cidade.
Martins também já levantou para os autos uma declaração da companhia aérea de que ele pegou um voo de Brasília para Curitiba no dia 31.
A estratégia da defesa é tentar retirar o ex-assessor de Bolsonaro da prisão. Ele está preso preventivamente desde 8 de fevereiro deste ano acusado de fazer parte de um suposto plano de golpe de Estado no Brasil após as eleições de 2022.
Filipe Martins foi preso sob o argumento da existência de “fortes indícios” de que ele teria fugido do Brasil. A evasão teria acontecido, segundo a PF, por meio da aeronave presidencial que levou Bolsonaro e demais assessores aos EUA, antes da virada do ano – e do governo.
O ministro Alexandre de Moraes perguntou à Força Aérea Brasileira (FAB) se havia câmeras dentro do avião para atestar que, pelas imagens, Filipe Martins não viajou na comitiva.
Marcelo Kanitz Damasceno, comandante da Aeronáutica, respondeu ao STF: “Informo ao senhor que, em virtude da ausência de equipamentos de vigilância por vídeo na área da estação de autoridades daquela base aérea – tanto no interior do salão quanto no trajeto para a aeronave, não há imagens dos embarques realizados na mencionada data”.
Com informações da CNN