Foto: EFE/EPA/ETTORE FERRARI
Na segunda-feira, o Vaticano divulgou a Declaração Dignitas Infinita, do Dicastério para a Doutrina da Fé, expressando oposição ao ensino da ideologia de gênero e à mudança de sexo. A Igreja Católica Apostólica Romana vê essa ideologia como uma ameaça à distinção sexual, que considera fundamental para a estrutura da família.
O texto afirma que a vida é uma dádiva divina e que a ideologia de gênero desafia a diferença sexual, vista pela Igreja como a mais significativa e potente, pois é ela que possibilita o nascimento de nova vida.
– Todas as tentativas de obscurecer a referência à diferença sexual ineliminável entre homem e mulher devem ser rejeitadas – diz o texto.
E continua:
– Somente reconhecendo e aceitando esta diferença na reciprocidade é que cada pessoa pode descobrir plenamente a si mesma, a sua dignidade e a sua identidade.
O Vaticano diz ainda que respeitar a humanidade é, em primeiro lugar, aceitá-la e respeitá-la como “foi criada” e que neste contexto, “qualquer intervenção de mudança de sexo, em regra, corre o risco de ameaçar a dignidade única que a pessoa recebeu desde o momento da concepção”.
Sobre as condições de anomalias genitais, o documento da Igreja Católica diz que procedimentos médicos resolvem a questão.
O Dicastério para a Doutrina da Fé também condena outros temas como a exploração, pornografia, cyberbullying, jogos de azar, guerras, pobreza, migração, abusos sexuais, aborto, suicídio assistido, entre outros.
Tal documento está em elaboração há cinco anos e sua versão final foi aprovada pelo papa Francisco no mês passado. As informações são do Catholic Herald.