Na madrugada desta terça-feira (26), às 0h57, um evento astronômico impressionante ocorreu próximo à região de Mostardas e Santa Vitória do Palmar, no Sul do estado: a queda seguida de explosão de um meteoro bólido foi registrada. Segundo o observatório espacial Heller & Jung, o objeto penetrou na atmosfera a uma altitude de 99 km e se desintegrou sobre o mar, como mostrado no vídeo abaixo.
Imagens Impressionantes: meteoro bólido cai e explode sobre o mar na região Sul do RS pic.twitter.com/sTCgPMuHQz
— Diario do Brasil Notícias (@diariobrasil_n) March 27, 2024
O meteoro explodiu a uma distância de 633 km da costa do Rio Grande do Sul, conforme explicou o pesquisador Carlos Fernando Jung, do observatório. Ele destacou que o objeto tinha uma magnitude considerável, ou seja, brilhava intensamente em comparação com as estrelas visíveis.
O vídeo capturou o momento em que as nuvens foram iluminadas pela manifestação desse fenômeno astronômico.
“Na escala, ele é de magnitude -9. Muito luminoso. Basicamente, quanto menor o número maior o brilho do meteoro”, esclarece Jung.
Os meteoros bólidos “são totalmente visíveis a olho nu, principalmente em locais com baixa poluição luminosa”, diz Jung.
Segundo mapeamento do observatório os meses mais propícios para a ocorrência desse fenômeno são ao longo de janeiro e abril e, depois, entre outubro e novembro.
Meteoro bólido
Os meteoros bólidos recebem essa nomenclatura pelo brilho elevado, principalmente quando entram na atmosfera e começam a queimar, ao produzir calor durante o processo de ablação.
“Quando ele esquenta, vai perdendo fragmento, e parece estar pegando fogo”, menciona Carlos Jung.
Dessa forma, o termo “bólido” geralmente evoca a imagem de uma bola de fogo e o brilho que apresenta quando observado a olho nu.
Após sua dissolução, é frequente que os meteoros se fragmentem em meteoritos, os quais podem ser encontrados na superfície terrestre.
Os exemplares mais brilhantes têm a capacidade de iluminar o céu noturno, fazendo-o parecer como se fosse dia. De acordo com Jung, o fato de o meteoro, que foi avistado na terça-feira, ter caído sobre o mar ajudou a mitigar os impactos do fenômeno.
No entanto, “se tivesse sido em área de terra, poderia ter consequências”, pontua.
Com informações de G1