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Estudos mostram que jogar videogame ou assistir a vídeos do YouTube com os pais pode ser benéfico para o aprendizado das crianças. Em vez de apenas limitar o tempo que os filhos passam diante das telas, pesquisadores ressaltam a importância do “engajamento conjunto com a mídia”. No entanto, muitos pais acabam recorrendo a dispositivos eletrônicos como celular ou TV para entreter os filhos quando estão ocupados.
O conceito de “joint media engagement (JME)”, ou engajamento conjunto com a mídia, foi desenvolvido por um grupo de pesquisadores das universidades de Stanford, Northwestern, Washington e Colorado Boulder, nos Estados Unidos. A ideia é que atividades como assistir, jogar e pesquisar na internet com a mediação dos pais tornam as experiências com tecnologia mais significativas para as crianças.
Estudos mostram que o engajamento conjunto pode contribuir para a alfabetização, especialmente em habilidades básicas de leitura, além de promover conhecimento cultural, científico e educação midiática, que envolve o uso crítico das novas mídias.
Um exemplo clássico desse benefício é o programa Vila Sésamo, que combinava educação e entretenimento. Pesquisas demonstraram que crianças cujos pais assistiam ao programa com elas obtinham mais benefícios, especialmente aquelas de famílias com menor renda.
A presença dos adultos não apenas ajuda a monitorar conteúdos inadequados, mas também cria oportunidades para conversas e interações, compartilhamento de valores e incentivo à criatividade. Além disso, permite que as crianças liderem a atividade, fortalecendo os vínculos familiares.
No entanto, o desafio é que os pais estão cada vez mais ocupados, o que dificulta o engajamento conjunto. Uma solução seria criar conteúdos digitais que promovam essa interação entre pais e filhos. Enquanto isso não acontece, as famílias podem buscar atividades em comum que tornem o uso das mídias uma experiência mais significativa para todos.
Com informações do Estadão.
