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Antônio Carlos Paiva da Costa, um padeiro de 38 anos do Ceará, passou 11 dias atrás das grades em uma prisão do seu estado após ser confundido com um foragido do Piauí que compartilha o mesmo nome e sobrenome. A liberação de Costa ocorreu na última quinta-feira (29), de acordo com informações do G1.
Costa e o foragido têm mães com o mesmo nome, mas foi somente depois de constatado que as datas e locais de nascimento não coincidiam que ele foi libertado.
Ele foi acusado de um estupro que não cometeu, um crime atribuído ao homônimo que está foragido desde 2017. Embora o verdadeiro suspeito tenha sido detido anteriormente, ele conseguiu escapar.
O padeiro foi detido em fevereiro de 2024, em Fortaleza (CE), onde foi preso sob a acusação falsa de assédio, estupro e roubo.
Após ser levado para uma delegacia, acabou sendo encarcerado na Unidade Prisional de Triagem e Observação Criminológica em Aquiraz, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), onde permaneceu preso.
A experiência deixou sequelas emocionais em Costa, que teme pelas consequências futuras.
“Mesmo contando minha verdade, passei por muitas coisas ruins. Para quem nunca foi preso, foram três anos de sensação. É uma água que nem um cachorro beberia. Uma comida que parecia que estavam dando para cachorro. Um café que não sabia se era lama. Não conseguia comer. Lá, em casos de estupro, as pessoas são mal vistas”, desabafou.
A família de Costa planeja processar os estados do Ceará e do Piauí pelo erro. O advogado criminalista Ramon Néfi explicou que os dois homens têm o mesmo nome, mas o apelido do homem que está detido erroneamente na cidade é Cláudio, não Antônio Carlos.
“Até hoje, não se sabe quem de fato é ele. Quando foram recapturar, capturaram meu cliente. Os dois têm o mesmo nome, porém o apelido dele na cidade, conforme os processos, é Cláudio”, disse Néfi, que também apontou falhas no sistema que permitiram que Costa fosse erroneamente preso e processado.
Com informações do Pleno News.