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Apontado como chefe do esquema, Rener Umbuzeiro morreu em confronto com policiais; cabeças de gado foram apreendidas em operação
Quem é a filha de Rener Umbuzeiro?
Filha de Umbuzeiro, Larissa Lima é médica e uma das responsáveis pela operacionalização financeira do esquema, segundo apurado pelo GLOBO. Ela, juntamente do marido Paulo Victor Lima, estaria envolvida na lavagem do dinheiro proveniente do crime. Nas redes sociais, o casal costumava posar para fotos juntos, em viagens, festas e na academia.
Em suas publicações mais recentes,Larissa Lima dá dicas de cuidados para a pele e fala de procedimentos estéticos. Inscrita desde dezembro de 2020 no Conselho Regional de Medicina da Bahia, ela não tem uma especialidade registrada no site da instituição. Paulo Lima tem atuação como empresário.
Mulher de Rener Umbuzeiro foi detida pela PF
Além da filha e do genro de Rener Umbuzeiro, a mulher do suspeito morto também foi detida pela Polícia Federal. Assim como os demais, ela também teria envolvimento na operacionalização financeira e na lavagem de dinheiro.
Segundo um balanço preliminar da operação, a Polícia Federal apreendeu cinco armas de fogo e quatro veículos, além de casas e fazendas. Um número ainda não determinado de cabeças de gado também foi confiscado.
Quem era Rener Umbuzeiro?
De acordo com dados da Receita Federal, Rener Umbuzeiro é dono da empresa Umbuzeiro Agropecuária, com sede no município de América Dourada, um dos locais onde a operação da PF desta quarta-feira aconteceu. Segundo o cadastro da empresa, ela dedica-se ao plantio de milho, algodão, abacaxi, alho, batata-inglesa, cebola, feijão, além da criação de bovinos para corte e produção de leite.
Bens bloqueados no valor de R$ 50 milhões
A Justiça também determinou o bloqueio de contas bancárias e de imóveis dos envolvidos. Entre os bens, estão cinco fazendas, localizadas em Pernambuco e na Bahia, além de outros imóveis de alto padrão. O valor total dos bens bloqueados é de R$ 50 milhões, segundo o Ministério Público da Bahia.
Mais de uma tonelada de maconha foi apreendida
As investigações tiveram início em 2019. Desde então, mais de uma tonelada de maconha já foi apreendida pelas autoridades em três flagrantes relacionados ao caso. As cinco fazendas usadas no cultivo da droga estavam em nomes de terceiros, de acordo com a PF.
A organização criminosa atuava como fornecedora de maconha para a região Nordeste. Inicialmente, a família estava estabelcida em Pernambuco, mas se mudou para a Bahia. Segundo o delegado Diego Gordilho, ainda não se sabe o que motivou essa mudança:
— Não temos condições de afirmar que tem relação com o tráfico. A tendência, no entanto, é que eles tenham ido para a Bahia para sair do radar do pessoal de Pernambuco — diz.
A operação desta quarta-feira mobilizou cerca de 100 policiais. Foram cumpridos mandados em Salvador (BA), Feira de Santana (BA), América Dourada (BA), Morpará (BA), Ibititá (BA), Muquém do São Francisco (BA), Brasília (DF), Ibimirim (PE) e São Paulo (SP). Além da PF, participaram o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Bahia, a Companhia Independente de Ações no Cerrado (CIPE Cerrado) e a 28ª Companhia Independente da Polícia Militar (28ª CIPM).
O Globo