Nesta terça-feira (20), a equipe de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comunicou que ele optará pelo silêncio durante seu depoimento à Polícia Federal (PF) relacionado à investigação sobre a alegada tentativa de golpe de Estado.
Os advogados solicitaram ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), a dispensa da presença física de Bolsonaro na PF, argumentando que ele exercerá o direito ao silêncio durante o interrogatório.
A defesa também citou “preocupações relacionadas à logística e segurança” apresentadas pela polícia.
O depoimento de Bolsonaro está marcado para quinta-feira (22). Além do ex-chefe do Executivo, também serão ouvidos, simultaneamente, outras 13 pessoas, ente elas os ex-ministros Braga Netto, Augusto Heleno e Anderson Torres.
A manifestação dos advogados de Bolsonaro foi enviada a Moraes no inquérito das milícias digitais.
Os advogados entendem que não tiveram “acesso integral” a elementos da investigação, “impossibilitando o exercício pleno da ampla defesa”.
“Por conseguinte, diante da supramencionada violação, o peticionário [Bolsonaro] informa que, caso seja intimado, fará uso do direito ao silêncio”, afirmaram.
A solicitação de adiamento da audiência feita pela defesa na segunda-feira (19) foi negada pelo ministro Moraes, que alegou que os advogados do ex-presidente já tiveram acesso completo às evidências documentadas no processo, com exceção das diligências em curso e das informações provenientes da colaboração de Mauro Cid. O magistrado ressaltou ainda que Bolsonaro não tem o poder de escolher a data e o horário de seu interrogatório.
Com informações de CNN