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O brasileiro começou o ano com um amargo na boca: a conta do supermercado está mais cara. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado nesta quinta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que a inflação da alimentação no domicílio acelerou a 1,81% em janeiro, a maior para o mês desde 2016.
A cenoura foi o produto que mais subiu de preço em janeiro, com um aumento estrondoso de 43,85%. A batata-inglesa não ficou muito atrás, com alta de 29,45%. Manga (23,35%), maracujá (22,06%) e laranja lima (21,16%) completam o pódio dos alimentos que mais pesaram no bolso do consumidor.
Outros itens tradicionais da mesa do brasileiro também ficaram mais caros, como o arroz (6,39%), a banana-prata (10,01%) e o feijão-carioca (9,70%). No caso do arroz, além do clima adverso, a produção mundial foi afetada por questões climáticas na Índia, maior exportador do grão.
Regiões como o Sudeste enfrentaram ondas de calor intenso, enquanto o Sul enfrentou fortes tempestades.
“Historicamente, há uma alta dos alimentos nos meses de verão, em razão dos fatores climáticos, que afetam a produção, em especial dos alimentos in natura, como os tubérculos, as raízes, as hortaliças e as frutas”, afirmou André Almeida, gerente da pesquisa do IPCA.
“Neste ano, isso foi intensificado pela presença do El Niño”, acrescentou.
Limão é exceção
Em meio à alta generalizada dos preços, o limão foi a única exceção, com queda de 20,54% em janeiro. A abobrinha também teve um recuo significativo, de 17,95%.
A alta nos preços de produtos como arroz, banana-prata e feijão-carioca reflete também preocupações com a nova safra e questões climáticas em países produtores.
Com a inflação em alta, os consumidores brasileiros enfrentam desafios adicionais em um contexto econômico já desafiador.
Gazeta Brasil