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Líderes partidários do União Brasil, PP e Republicanos estão intensificando esforços para concretizar uma federação partidária envolvendo as três siglas já nas eleições de 2024.
Nos últimos quinze dias, segundo informações apuradas por O Antagonista, líderes dos três partidos decidiram encaminhar uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para esclarecer todas as dúvidas sobre uma possível associação partidária entre eles.
Por não se tratar de uma fusão, uma federação partidária pode ser estabelecida até seis meses antes das eleições. Na prática, essa federação funciona como uma única legenda, sujeita às mesmas regras aplicadas aos partidos políticos. No entanto, é necessário que os partidos permaneçam unidos por pelo menos quatro anos, inclusive mantendo as mesmas estruturas partidárias no Congresso Nacional.
De acordo com o TSE, esse conglomerado partidário pode, por exemplo, formar coligações para disputar cargos majoritários, como presidente, senador, governador e prefeito, mas fica proibido de se coligar a outros partidos em eleições proporcionais, como deputado federal, deputado estadual ou distrital e vereador.
Nas eleições proporcionais, tanto o partido quanto a federação devem observar o percentual mínimo legal de 30% de candidaturas de um mesmo sexo.
Desde o ano passado, os presidentes do União Brasil, PP e Republicanos têm defendido a criação da federação. Os movimentos foram liderados por Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, embora haja resistência em setores do Republicanos, liderados pelo vice-presidente da Casa, Marcos Pereira. No União Brasil, o assunto é considerado pacificado e está sendo tratado diretamente por Antônio Rueda, vice-presidente da sigla que assumirá o partido em maio.
Um dos maiores defensores da federação é o presidente do PP, Ciro Nogueira.
Ainda existem dúvidas sobre como seria a correlação de forças ao unir esses três partidos. Líderes do União Brasil, PP e Republicanos ainda estão discutindo como funcionaria, na prática, a divisão das estruturas partidárias das siglas.
Caso se concretize, a federação partidária teria a maior bancada da Câmara e do Senado, com 151 deputados e 17 senadores.
Com informações do O Antagonista.