O avanço das obras do Anel Viário de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, marca uma nova etapa no redesenho do trânsito da região. Com investimento de R$ 286 milhões em um trecho de 5,7 km, o projeto passa a interferir de forma mais direta na rotina de motoristas e pedestres com mudanças importantes na circulação, especialmente nos arredores da Estrada da Posse e do Morro Luiz Bom.
Como vai funcionar o trânsito com as novas mudanças no Anel Viário do RJ?
Na sexta-feira (7/11), um segmento da Estrada da Posse, entre as ruas Abel Ferreira e Valdir Azevedo, foi interditado para permitir a construção dos acessos ao túnel sob o Morro Luiz Bom. A medida faz parte da preparação para o primeiro túnel de Campo Grande, peça central do Anel Viário, e exige atenção redobrada de quem circula pela área, sobretudo moradores do entorno e trabalhadores que utilizam o trajeto diariamente.
Com a interdição desse trecho da Estrada da Posse, a CET-Rio montou uma operação de tráfego que direciona veículos para uma nova pista já construída, mantendo o fluxo principal sem alterações significativas. Placas de orientação, pintura no asfalto, barreiras físicas e apoio de operadores indicam o caminho a ser seguido, inclusive com ajustes de tempo semafórico em vias próximas para reduzir retenções. Veja as atualizações das obras no vídeo divulgado pelo Vice-Prefeito do Rio, Eduardo Cavaliere, via Instagram:
Como o investimento de R$ 286 milhões vai impactar Campo Grande?
O Anel Viário de Campo Grande é apontado pela Prefeitura do Rio como uma das principais intervenções do Plano de Mobilidade de Campo Grande, considerado o maior programa de mobilidade urbana em curso na cidade em 2025. O bairro, com mais de 350 mil habitantes e forte presença de polos comerciais e de serviços, sofre historicamente com congestionamentos prolongados e falta de rotas alternativas.
O pacote de R$ 286 milhões, aplicado em 5,7 km de extensão, inclui não apenas o túnel sob o Morro Luiz Bom, mas também um mergulhão ligando a Estrada do Monteiro ao viaduto Alim Pedro, sob a Avenida Cesário de Melo. A proposta é criar um anel que distribua o tráfego, evitando sobrecarga nas mesmas avenidas e cruzamentos e reduzindo tempos médios de viagem em horários de pico. Veja os impactos do projeto:
| Situação / Indicador | Antes das obras | Depois / Benefícios esperados com o Anel Viário |
|---|---|---|
| Congestionamento e fluxo de trânsito | Ruas e cruzamentos saturados; longos engarrafamentos na Avenida Cesário de Melo, Estrada do Monteiro e vias de acesso. | Redução de congestionamentos: a construção do túnel e mergulhão permite desviar o tráfego pesado e de passagem, fluidez maior no trânsito interno. |
| Tempo de deslocamento para saídas/entradas do bairro | Deslocamentos longos, especialmente em horários de pico, muitos moradores demoravam até 1 hora para ligar o bairro à Avenida Brasil / principais vias. | Acesso mais rápido: a obra promete reduzir pela metade o tempo de acesso à Avenida Brasil. |
| Integração entre áreas do bairro / mobilidade interna | Vias desconectadas, trajetos indiretos e pouco eficientes entre diferentes partes do bairro (dificuldade de ligar várias ruas e acessos). | Novas conexões (túnel, mergulhão, vias requalificadas, calçadas) e melhorias de drenagem, com reorganização viária. Favorece maior integração interna e acessibilidade. |
| Transporte por bicicleta e mobilidade ativa | Ausência ou deficiência de infraestrutura cicloviária e calçadas adequadas em muitas vias. | Implantação de cerca de 2 km de ciclovia + melhoria das calçadas em 17 vias, favorecendo mobilidade sustentável. |
| Qualidade urbana e segurança viária | Trânsito intenso sobre vias antigas, cruzamentos perigosos, desgaste de pavimentação e calçadas irregulares. | Pavimentação renovada, drenagem, reorganização das vias e infraestruturas de pedestres/ciclistas, resultando em mais segurança e conforto. |
| Capacidade de transporte e mobilidade a longo prazo | Infraestrutura defasada para o volume de cerca de 350 mil habitantes do bairro; dificuldade de expansão da oferta de transporte eficiente. | O Anel Viário é parte de um plano amplo de mobilidade: melhora o sistema viário, facilita rotas de ônibus e conecta melhor o bairro à cidade, com potencial de dinamizar economia e acesso. |
Quais são as principais obras do plano de mobilidade em Campo Grande?
O Anel Viário é apenas uma parte de um conjunto mais amplo de intervenções na Zona Oeste, que somam mais de R$ 750 milhões em Campo Grande, Santíssimo e Paciência. O objetivo é reorganizar o sistema viário, oferecendo novas conexões, melhorando a fluidez em corredores estratégicos e garantindo mais regularidade ao transporte coletivo.
Entre as ações previstas estão a duplicação de vias, criação de novas saídas para a Avenida Brasil e requalificação de importantes eixos, como as avenidas Cesário de Melo e Joaquim Magalhães, além do Largo da Maçonaria. As estradas do Monteiro, do Lameirão, Sete Riachos e Tingui passam por reestruturação, com foco em alargamento, melhoria de pavimento, adequação de calçadas e organização de retornos e cruzamentos.
Quais impactos o novo Anel Viário do RJ traz para motoristas e pedestres?
A transformação prometida pelo Anel Viário de Campo Grande envolve principalmente novas rotas, redução de tempos de deslocamento, aumento da segurança viária e mais conforto para quem circula a pé ou de carro. Ao distribuir o fluxo por túneis, mergulhões e vias requalificadas, a tendência é aliviar gargalos crônicos, diminuir paradas constantes em sinais e reduzir acidentes em pontos críticos.
Para tornar esses efeitos mais claros, é possível destacar alguns dos principais benefícios esperados com a conclusão das obras:
- Trajetos mais previsíveis, com menos interrupções causadas por alagamentos e pavimento danificado.
- Calçadas urbanizadas, travessias indicadas e rotas específicas ao redor dos canteiros, oferecendo caminhada mais protegida.
- Maior separação entre áreas de obras e circulação diária, reduzindo o risco de atropelamentos e conflitos com máquinas.
- Operação contínua da CET-Rio com agentes em pontos estratégicos, facilitando a adaptação a sentidos alterados e interdições temporárias.
FAQ sobre o Anel Viário de Campo Grande
- O túnel sob o Morro Luiz Bom será o único da região? O projeto atual prevê esse túnel como o primeiro de Campo Grande, ligado ao Anel Viário. A expansão para novos túneis não foi divulgada oficialmente.
- O Anel Viário do RJ vai alterar rotas de ônibus em Campo Grande? A tendência é que linhas de ônibus sejam ajustadas à medida que as novas vias e conexões forem liberadas, mas mudanças específicas dependem de planejamento da prefeitura e da secretaria de transportes.
- Moradores terão acesso a mapas com rotas alternativas? Em geral, a prefeitura e a CET-Rio divulgam esquemas de trânsito em canais oficiais e redes sociais, além da sinalização física instalada no entorno das obras.
- As obras podem impactar o comércio local? Durante a execução, acessos podem ser temporariamente modificados, o que altera o fluxo de clientes. No longo prazo, a melhoria da mobilidade tende a aumentar a circulação de pessoas e veículos na região.