Conhecida como a “Pérola do Tapajós”, Santarém é um dos destinos mais fascinantes do Norte do Brasil. Localizada na confluência dos rios Tapajós e Amazonas, a cidade oferece um espetáculo de cores e biodiversidade, servindo como porta de entrada para praias de água doce que ganharam fama internacional, como a vila de Alter do Chão.
O Encontro das Águas: Um fenômeno natural hipnotizante
Assim como em Manaus, Santarém tem seu próprio Encontro das Águas, observável da orla da cidade ou em passeios de barco. As águas barrentas e leitosas do Rio Amazonas correm lado a lado com as águas azuis-esverdeadas (e mais quentes) do Rio Tapajós por quilômetros sem se misturar.
A densidade, temperatura e velocidade diferentes dos rios criam essa barreira física visível. O passeio de barco permite sentir a diferença de temperatura ao colocar a mão na água e, com sorte, avistar os famosos botos (cor-de-rosa e tucuxi) que frequentam a região.
Alter do Chão: Por que é o “Caribe Amazônico”?
A cerca de 30 km do centro de Santarém fica a vila balneária de Alter do Chão, eleita diversas vezes como uma das praias mais bonitas do Brasil. No período da seca, bancos de areia branca emergem das águas cristalinas do Tapajós, criando cenários paradisíacos como a Ilha do Amor.
A travessia até a ilha é feita em pequenos barcos a remo (catraias), preservando a tranquilidade do local. O pôr do sol na Ponta do Cururu ou na Ponta do Muretá é um ritual obrigatório, onde o sol mergulha no rio tingindo o céu de tons alaranjados e violetas inesquecíveis.
Descubra o “Caribe Amazônico” e suas maravilhas naturais no Pará. O vídeo é do canal Rolê Família, que conta com mais de 40 mil visualizações neste conteúdo, e apresenta um guia completo de Alter do Chão, destacando a melhor época para ver as praias de rio ou as florestas alagadas, passeios imperdíveis como a Floresta Encantada e o Canal do Jari, além de dicas sobre o festival do Sairé e hospedagem na vila:
Cultura Tapajônica e o Festival do Sairé
Santarém respira a herança dos povos indígenas Tapajós. O Centro Cultural João Fona, instalado em um prédio histórico do século XIX, guarda cerâmicas arqueológicas (incluindo os famosos vasos cariátides) e conta a história da fundação da cidade.
Em setembro, a cultura local explode em cores no Festival do Sairé, em Alter do Chão. A festa mistura rituais religiosos com a disputa folclórica entre os Botos Tucuxi e Cor-de-Rosa, semelhante aos bois de Parintins, mas com uma identidade única e lendas ribeirinhas.
A gastronomia paraense com sotaque santareno
A culinária local é uma atração à parte, baseada na fartura dos rios e na floresta. O Aviú, um minúsculo camarão de água doce, é uma iguaria exclusiva da região, servido em tortas ou farofas. Na orla, as barracas de Tacacá convidam a provar o caldo quente de tucupi com jambu e goma no fim de tarde.
O peixe é rei: tucunaré na manteiga, pirarucu de casaca ou a costela de tambaqui na brasa são onipresentes. Para a sobremesa, sorvetes de frutas locais como taperebá, cupuaçu e murici ajudam a espantar o calor.
Qual a melhor época para visitar?
O regime de águas define a paisagem. Santarém tem duas “caras”: a da seca (praias) e a da cheia (floresta alagada). Planeje sua viagem com cuidado com período e clima baseado em dados do Climatempo:
| Período (meses) | Clima / Rio | Cenário | Atividades recomendadas |
|---|---|---|---|
| Agosto a Dezembro | Seca (Verão Amazônico) | Praias expostas | Alter do Chão, Ilha do Amor e banhos de rio (melhor época) |
| Janeiro a Março | Início das chuvas | Rio subindo | Praias diminuindo, clima mais fresco |
| Abril a Junho | Cheia (Inverno Amazônico) | Praias submersas | Passeios de barco na Floresta Encantada e igapós |
| Setembro | Seco e festivo | Praias lindas | Festival do Sairé e cultura local |
Santarém consolida-se como destino de ecoturismo mundial
Visitar Santarém é entender a grandiosidade da Amazônia de forma acessível e segura. A cidade oferece uma infraestrutura urbana completa, com aeroporto internacional e bons hotéis, servindo de base confortável para explorar a natureza selvagem da Floresta Nacional do Tapajós ou as praias de areia fina que desafiam a imaginação.
- Fenômeno único: Ver o Tapajós azul correndo ao lado do Amazonas barrento é uma aula de geografia ao vivo.
- Praias de rio: A água doce, morna e sem ondas de Alter do Chão oferece um banho relaxante inigualável.
- Gastronomia exótica: O aviú e o taperebá são sabores que você dificilmente encontrará com a mesma qualidade fora dali.