Na sexta-feira (19/12), a inauguração da nova Ponte Internacional da Integração Brasil–Paraguai marcou um novo capítulo nas relações entre os dois países. A estrutura liga Foz do Iguaçu (PR) à cidade paraguaia de Presidente Franco e foi aberta em uma cerimônia com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros, passando a funcionar como segunda ligação viária sobre o Rio Paraná, ao lado da tradicional Ponte da Amizade.
Quais os detalhes da Ponte Internacional da Integração Brasil–Paraguai?
A Ponte da Integração Brasil–Paraguai foi projetada para aliviar a sobrecarga histórica da Ponte da Amizade, que registra fluxo diário estimado em 100 mil pessoas e 45 mil veículos. Com 760 metros de extensão e um vão livre de 470 metros, a nova ponte tem o maior vão desse tipo no continente americano, destacando-se como uma das principais obras de infraestrutura da região.
A estrutura é do tipo estaiada, sustentada por duas torres de 190 metros de altura, equivalentes a edifícios de aproximadamente 54 andares. O projeto inclui duas pistas simples de 3,6 metros de largura cada, voltadas principalmente ao transporte de carga, garantindo durabilidade, aumento gradual de fluxo e melhor escoamento logístico entre Brasil e Paraguai. Veja as características da ponte:
| Característica | Detalhes |
|---|---|
| Localização | • Foz do Iguaçu (Brasil) ↔ Presidente Franco (Paraguai) |
| Tipo de obra | • Ponte rodoviária internacional |
| Extensão aproximada | • Cerca de 760 metros |
| Largura | • Aproximadamente 21 metros |
| Pistas | • Duas pistas de rolamento |
| Tráfego | • Veículos leves e pesados |
| Função principal | • Integração logística e comercial entre os países |
| Objetivo estratégico | • Reduzir fluxo na Ponte da Amizade |
| Impacto esperado | • Agilidade no transporte de cargas e pessoas |
| Nome oficial | • Ponte Internacional da Integração |
Como foi o investimento na Ponte da Integração Brasil–Paraguai?
O investimento total na Ponte da Integração Brasil–Paraguai foi de aproximadamente R$ 1,9 bilhão, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e participação financeira dos dois governos. Desse montante, R$ 712 milhões foram financiados pela Itaipu Binacional, reforçando o papel estratégico da usina na infraestrutura da fronteira e no desenvolvimento regional.
O governo federal informou que o tráfego já está liberado em fase inicial, com regras específicas e liberação gradual para diferentes tipos de veículos. Do lado brasileiro, a logística foi planejada para integrar a ponte à malha rodoviária e aos sistemas de fiscalização de forma organizada, permitindo ajustes operacionais à medida que o fluxo aumenta.
Como funcionará o tráfego na nova ponte?
O início da operação da Ponte Internacional da Integração foi planejado em etapas para garantir segurança e adaptação dos órgãos de controle. Nesta fase inicial, a travessia está autorizada apenas para caminhões descarregados, chamados de em lastro, em horários específicos definidos pela Receita Federal e Polícia Rodoviária Federal, permitindo testes de estrutura e fluxo.
Segundo o Ministério dos Transportes, a ponte, os acessos brasileiros, a nova aduana e a rodovia perimetral que liga a ponte à malha viária de Foz do Iguaçu já estão concluídos. A liberação para ônibus de turismo fretados deve ocorrer em breve, e a operação completa para veículos de carga é estimada para o período entre o fim de 2026 e o início de 2027, após a conclusão do Corredor Metropolitano del Este no lado paraguaio. Veja o vídeo de inauguração da ponte divulgado pelo governo federal:
Qual é o impacto da nova ponte na integração econômica e regional?
A nova ponte entre Brasil e Paraguai tende a modificar a dinâmica da fronteira de Foz do Iguaçu, Cidade do Leste e Presidente Franco, ao criar um novo eixo de circulação. Com duas conexões rodoviárias sobre o Rio Paraná, a região passa a ter mais opções para o comércio bilateral, especialmente no transporte de produtos industrializados, agrícolas e insumos diversos, aumentando a competitividade logística.
Do ponto de vista urbano, a combinação da nova aduana, da rodovia perimetral e do futuro Corredor Metropolitano del Este cria um corredor de mobilidade regional que desvia parte do trânsito pesado das áreas centrais. Isso tende a reduzir congestionamentos, melhorar a segurança viária e favorecer empresas de logística, comércio exterior e turismo, que ganham em previsibilidade de prazos e distribuição de tráfego. Veja os impactos da ponte:
- Maior capacidade de transporte e logística
A nova ponte amplia a infraestrutura de travessia entre Brasil e Paraguai e cria um novo corredor logístico estratégico na fronteira. - Desafoga a Ponte da Amizade
Reduz o congestionamento do principal ponto de ligação (Ponte da Amizade), que registra grande fluxo de veículos e pessoas diariamente. - Fortalecimento do comércio bilateral
Facilita o intercâmbio de mercadorias entre os dois países, impulsionando o comércio e a integração econômica no Mercosul. - Melhora da mobilidade e segurança viária
Com acesso pela rodovia Perimetral Leste, reduz o tráfego pesado no centro urbano de Foz do Iguaçu e proporciona deslocamentos mais seguros e eficientes. - Integração regional e cooperação diplomática
Representa um marco de cooperação bilateral e reforça laços diplomáticos entre Brasil e Paraguai. - Benefícios para o turismo
A melhora na conexão facilita o fluxo de turistas entre os dois países e pode atrair mais visitantes à região. - Operação gradual e faseada
A liberação total, especialmente para cargas com peso, está prevista em fases conforme infraestrutura aduaneira e acessos fiquem prontos.
FAQ sobre a Ponte Internacional da Integração Brasil–Paraguai
- Qual é a diferença entre a Ponte da Integração e a Ponte da Amizade? A Ponte da Integração foi planejada com foco no transporte de cargas e na melhoria logística, enquanto a Ponte da Amizade concentra historicamente o fluxo misto de veículos leves, pedestres e comércio de fronteira entre Foz do Iguaçu e Cidade do Leste.
- Quem administra a nova ponte Brasil–Paraguai? A gestão da ponte envolve órgãos de ambos os países, incluindo Receita Federal, Polícia Federal e órgãos de fronteira paraguaios, responsáveis por controle aduaneiro, fiscalização e segurança.
- A nova ponte pode ser usada por pedestres? A liberação inicial é voltada para caminhões em lastro e, posteriormente, para ônibus de turismo e veículos de carga. A utilização por pedestres depende de definições futuras de operação e segurança, estabelecidas pelos governos.
- A Ponte da Integração funciona 24 horas por dia? Os horários de funcionamento são organizados conforme as fases de liberação e definidos pelos órgãos de fiscalização de fronteira. As janelas de operação para cada tipo de veículo são divulgadas oficialmente conforme o avanço das etapas.
